Porque o Feminismo é incompatível com o Libertarianismo e com o Direito Natural

   Feminismo é o nome que se dá a ideologias que defendem direitos para as mulheres, partindo do pressuposto de que existe uma suposta desigualdade de direitos entre os dois sexos: masculino e feminino.

  Feministas alegam que o feminismo é a defesa da igualdade de direitos entre os homens e mulheres, mesmo que na maioria das vezes, advoquem por privilégios estatais para mulheres.

   Como o feminismo é uma ideologia jurídica baseada na defesa de direitos positivados pelo estado, isso é, privilégios e benefícios estatais, então o aspecto mais importante para se analisar, é nos perguntarmos primeiramente se os direitos que o estado dá, são de fato direitos racionalmente ou eticamente válidos para o ser humano.

   Para inicialmente compreendermos se as reivindicações feitas pelo feminismo são válidas ou não dentro de uma sociedade que exercita seu senso crítico, vamos nos perguntar primeiro o que é direito.

Mas, o que é direito?

   Direito é uma tecnologia usada pela humanidade, feita com o objetivo de resolver conflitos entre indivíduos.

   Conflitos entre indivíduos são causados pela disputa de recursos escassos dentro do mundo material. Exemplo.: seu corpo é escasso, sua propriedade é escassa, sua liberdade é escassa, o resultado do seu trabalho é escasso, etc.

   Eventualmente podem ocorrer conflitos entre indivíduos dentro do mundo material, já que disputam por esses recursos materiais escassos.

   A solução que o ser humano encontrou para solucionar esses conflitos, é a lei de propriedade privada, que não se trata só de um direito, mas sim de um dever a ser respeitado pelas partes que possuem vida e conseguem raciocinar de forma lógica.

   Tais direitos racionais são chamados de “direitos naturais” — isto é, direitos que são inerentes à natureza humana; direitos que todos nós como seres humanos usufruímos pela simples virtude de estarmos vivos e sermos sermos humanos com racionalidade, independentemente se somos homens ou mulheres.

   Esses direitos são o respeito a: vida, liberdade e propriedade alheias, já que: Perder a sua Vida, é perder seu Futuro. Perder sua Liberdade é perder o seu Presente. Perder sua Propriedade (o produto da sua Vida + Liberdade) é perder o pedaço do seu Passado que a produziu.

   Esses direitos naturais não podem ser negados, pois, se isso ocorrer, a pessoa que os nega estará caindo em contradição, pois estará negando sua própria condição de ser humano, que está fazendo o uso do seu próprio corpo para tentar argumentar contra esses direitos. Ou seja: independente se você queira ou não, possui: vida, liberdade e propriedade.

   Esses direitos naturais, por essa sua natureza, são logicamente anteriores à existência do governo. Caso estivéssemos em um mundo sem nenhum governo, ainda assim tais direitos existiriam. Eles não dependem de nenhum governo para existir, mas sim do respeito, da capacidade de se defender e do exercício da racionalidade humana.

   Logo, conseguimos concluir que o governo não tem nenhuma autoridade legítima para acrescentar ou subtrair direitos.

Bom, mas o que é que isso tem a ver com o Feminismo?

   Um dos pré-requisitos para que um direito seja justo, é que a regra tenha que ser racionalmente coerente, ou seja, a regra não pode se contradizer.

   Afinal, se uma lei entra em contradição com ela mesma, ela seria uma regra incoerente e arbitrária. Seria a mera vontade de uma pessoa prevalecendo sob a vontade de outra sem nenhuma justificativa racional ou ética.

E o feminismo é exatamente isso. Uma contradição.

   Para chegar na suposta “igualdade de direitos” com o pressuposto de que existem desigualdades, feministas fazem apologia a uma espécie de “correção”, destinando privilégios estatais para mulheres as custas da violação de direitos naturais dos homens, e o pior: das próprias mulheres que não concordam com o feminismo.

   Os privilégios estatais diferenciados para grupos de mulheres, como a Delegacia da Mulher, a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama e a não obrigatoriedade do serviço militar feminino, são exemplos de como dentro de uma sociedade positivista que não respeita direitos naturais, a mulher tem muito mais privilégios do que o próprio homem. Então porque é que as feministas dizem que há desigualdade e fazem apologia a direitos das mulheres, se são os homens é que estão sendo prejudicados?

   Como o feminismo representa a defesa de “direitos” para grupos específicos (mulheres) com a justificativa de que precisamos de uma “correção”, podemos definir o feminismo como uma ideologia jurídica coletivista, ou seja, uma ideologia que busca fornecer privilégios positivistas a grupos específicos por meio da coerção estatal institucionalizada, que só é possível porque agride direitos naturais, seja de homens ou mulheres.

   Esses direitos naturais são violados quando o estado cobra impostos, agredindo o direito a propriedade privada de ambos os sexos.

   O coletivismo é qualquer perspectiva filosófica, política, religiosa, econômica ou social que enfatiza a dependência de todos os seres humanos a um estado, e do estado aos seres humanos. Coletivismo é uma aberração que existe como o inverso do individualismo e do direito de os seres humanos serem donos dos próprios corpos e exercerem suas liberdades individuais.

   E já que feminismo é coletivismo, ele é incompatível com a liberdade individual. Não existe feminismo libertário.

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