No Brasil os Correios não entregam as encomendas em lugares que, segundo eles, não apresentam condições favoráveis de segurança aos funcionários, moradores e encomendas. Também há o fato de não atendenrem condições de entregas em domicílio exigidas pelos Correios, pois muitas vezes os locais estarem fora do GPS e pelas casas não apresentarem número.

O morador de Paraisópolis, Giva Pereira, de apenas 21 anos, não satisfeito com a situação, fundou uma empresa de entregas chamada Favela Brasil Xpress. Essa empresa tem uma rede de entregadores que moram nas próprias favelas e entregam as mercadorias onde os Correios e as transportadoras não vão.

Primeiramente, a empresa, fundada em setembro de 2020, fazia entrega das doações feitas durante a pandemia, pois muitos doadores tinham receio de entrar nas favelas. Com isso foi se desenvolvendo naturalmente um sistema de logística, onde os voluntários levavam as mercadorias dos doadores até Paraisópolis. De lá eram distribuídos de porta em porta para as famílias.

O funcionamento da logística da empresa é o seguinte: eles colocam um centro de distribuições na entrada do local sem cobertura para as entregas onde as mercadorias são organizadas. Basta apenas a pessoa colocar seu endereço na hora da compra que o produto passará direto no centro de distribuição sem nenhum custo adicional.

A empresa já tem parceira com a Loja Americanas, Dafiti, Total Xpress e Via Varejo.

De acordo com Giva, a Favela Brasil Xpress está presente em Heliópolis, SP, na Cidade Julia (Diadema, na Grande SP), no Capão Redondo (zona sul da capital), além de estar presente nas favelas da Rocinha e Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro. A mesma também tem o intuito de expandir o projeto para outras 50 favelas de diversas regiões do Brasil até o final de 2022.

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