Por maioria dos votos dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi condenado a ficar inelegível pelos próximos 8 anos. O TSE já vinha julgando o caso desde junho, mas o julgamento definitivo havia sido adiada por Moraes semana passada, e nessa sexta-feira foi dado o veredito que impede Bolsonaro de se candidatar para qualquer cargo político até 2030.

Reações

A decisão gerou reações diversas em vários segmentos políticos. Bolsonaristas se dividem entre aqueles que ainda tem alguma esperança (seja depositada em Michele Bolsonaro, Romeu Zema ou Tarcísio Freitas) e aqueles que já estão desiludidos com qualquer possibilidade do bolsonarismo fazer frente ao PT.

Entre os demais grupos também há divisão. O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Livres comemoraram a condenação do TSE, afirmando que com isso a “direita” deixaria de estar associada ao bolsonarismo.

Outros grupos veem a decisão com uma certa apreensão. Não necessariamente devido à inelegibilidade de Bolsonaro, mas pelo fato disso ser um sinal do poder em expansão que certas instituições estatais como STF e TSE estão tomando.

O PCO inclusive é claro exemplo disso, sendo ele um partido assumidamente de extrema-esquerda, mas que sabe que o aumento do poder do TSE e STF poderá atigi-lo.

Libertários também mostraram preocupação por motivos similares ao PCO, pois o avanço da ideia de democracia acima de tudo tenderá a não tolerar nenhuma oposição ao regime estatal democrático, bem como a instituição do estado em si.

O quê esperar?

Tanto o PCO quanto Daniel Miorim de Moraes estão certos: a inelegibilidade de Bolsonaro é um sinal de que o aumento da opressão do estabileshiment em nome da “democracia” só irá aumentar. E como PCO bem disse, tal medida tem intuito político: Bolsonaro, quer se queira ou não, não colaborava com o poder vigente da forma como o estabileshiment queria.

Ele é mais um estorvo para eles do que um aliado. Isso não significa que o governo dele ou suas ideias políticas em geral fossem louváveis. Mas é inegável que ele é basicamente um anão agora em termos de poder político e não é ele a maior ameaça à liberdade, se comparado aos grupos políticos dominantes.

A inelegibilidade é um sinal de que o atual estabileshiment político não irá permitir nenhuma brecha para quem discordar, mesmo que minimamente de seus ditames. Que dirá daqueles que os rejeitarem por inteiro.

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