Telegram e Rumble rejeitam ordens de Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes, presidente do TSE

A plataforma de vídeo Rumble e o mensageiro Telegram receberam ordens do ministro Alexandre de Moraes para bloquear as contas de Monark e Nycolas Ferreira, respectivamente. No entanto, ambas as plataformas rejeitaram a ordem de Moraes.

Telegram critica decisões de Moraes e mantém conta de Nikolas Ferreira

O mensageiro Telegram havia recebido ordens do ministro Alexandre de Moraes, que exigiam o bloqueio da conta do deputado Nycolas Ferreira. No entanto, o mensageiro enviou uma resposta ao ministro onde declarava que não iria bloquear a conta do deputado e pedia que Alexandre de Moraes reconsiderasse sua posição.

Além disso, o Telegram também fez duras críticas à Alexandre de Moraes, afirmando que a ordem de bloquear a conta de Nycolas Ferreira seria um ato de censura. A empresa também afirmou que tal medida impede um espaço de livre comunicação para discursos legítimos e reprime o direito dos cidadãos brasileiros à liberdade de expressão”.

Rumble descumpre decisão de Moraes e mantém perfil de Monark

A plataforma de vídeos Rumble também havia recebido ordens de Alexandre de Moraes para bloquear a conta do influencer Monark, dono do canal Monark Talks.

No entanto, assim como no caso do Telegram, o Rumble ignorou as ordens do ministro e manteve a conta de Monark na plataforma. Diferente do Telegram, o Rumble não enviou nenhuma resposta ao TSE, nem mesmo quando foi pedido um esclarecimento.

Censura contra Monark e Nycolas Ferreira

Neste mês de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes havia ordenado a suspensão das contas de Monark e Nycolas Ferreira no Twitter. O pedido ocorreu após Nycolas Ferreira ter mostrado apoio aos atos bolsonaristas em Brasília, e Monark dizer apenas que simpatizava com a indignação dos manifestantes que invadiram os edifícios dos três poderes.

A plataforma acatou o pedido do TSE e suspendeu as duas contas. Enquanto Nycolas Ferreira vem recorrendo ao Telegram como meio de interagir com seu público, Monark migrou para a plataforma Nostr. A plataforma é similar ao Twitter, mas possui garantia de maior liberdade de expressão. Alemy disso, Monark se mantém ativo diariamente em seu canal Monark Talks, no Rumble.

O Telegram já havia acatado várias ordens do TSE para bloquear várias contas em sua plataforma, além de ter se comprometido em colaborar com o “combate às fake news”. No entanto, desta vez a plataforma resolveu não acatar as ordens do ministro. Talvez a chefia do Telegram tenha percebido o que muitos já perceberam: o TSE não é um órgão imparcial e apartidário como tantos pregam.

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