Presidente eleito já se mostrou favorável à extradição. PGR pediu prioridade ao Supremo.
Uma semana após sua vitória nas urnas, o Presidente eleito, Jair Bolsonaro já começa a dar pistas de como será seu governo no tocante a medidas tomadas pelo PT no passado. Uma delas é em relação ao ativista/terrorista italiano, Cesare Battisti.
O ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo foi condenado à prisão perpétua na Itália por dois assassinatos e pela associação a outros dois crimes da mesma natureza.
Nos anos em que passou na Itália, seu grupo terrorista promovia ataques ao governo e à população. Segundo um membro do movimento, o integrante que conseguisse fugir seria responsabilizado pelas mortes, mesmo que não as tivesse cometido. No entanto, as evidências apontam que Battisti foi o autor dos dois assassinatos pelos quais foi condenado na Europa.
Libertarianismo, assassinato e fronteiras
Seguindo uma ótica libertária, o italiano feriu o direito a vida de duas pessoas, e mesmo que fronteiras sejam apenas linhas imaginárias desenhadas por políticos, uma restituição é necessária. Em seu país natal, o governo entende que apenas uma vida inteira na cadeia pagaria pela morte dos dois assassinados. Já o ex-presidente, e atual presidiário, Luiz Inácio da Silva, acredita que Cesare Battisti não merece pagar pelo dano à propriedade alheia.