O mês de novembro começou tenso para a economia brasileira, com o dólar alcançando a maior alta diária ante o real desde o último dia 20 de setembro. A alta expressiva da moeda americana frente ao real ocorre em meio às incertezas do mercado sobre as decisões do governo Lula sobre o corte de gastos.
A demora do governo em se manifestar sobre tais medidas mantém os investidores inseguros sobre investir no Brasil, pois os contínuos gastos do governo poderiam gerar uma crise fiscal. Tal crise geraria um efeito cascata que prejudicaria toda a economia (para entender melhor sobre isso, leia esse artigo).
Tal crise fiscal impactaria profundamente a economia, o que ameaçaria as receitas dos seus investimentos. Em meio a isso, muitos investidores recorrem ao dólar, por ser uma moeda relativamente mais forte que o real, o que se reflete em uma maior desvalorização do real frente ao dólar.
Alta mundial do dólar não é única explicação
Por mais que o dólar venha tendo uma alta em relação às moedas de diversos países, a desvalorização do real diante da moeda americana é acima da média, o que aponta para problemas internos no Brasil como os principais fatores por trás da desvalorização expressiva.
E quando levamos em conta que a situação da economia não anda tão boa quanto os ecomistas de viés neoclássico vinham apontando, a situação do Brasil se revela ainda pior. Mesmo com as expectativas do mercado cada vez mais negativas diante de uma cada vez mais evidente recessão, isso ainda não é o suficiente para que o dólar caia tanto quanto as moedas de diversos países. Incluindo o real brasileiro.
Se analistas alinhados com a Escola Austríaca, como Ryan McMaken, estão profundamente preocupados com os rumos da maior economia do mundo, isso deveria ser motivo suficiente para nós brasileiros entendermos que o pior ainda está por vir.
O dólar ainda não chegou a R$ 6,00. Mas, nesse ritmo, não é tão improvável que ele chegue a esse valor antes do fim do mandato do presidente Lula.