A falha moral dos liberais da UJL em defender a Agenda 2030 da ONU

UJL e a ONU

A União da Juventude e Liberdade (UJL), (uma frente que busca ganhar espaço nas universidades para as ideias liberais), publicou uma série de tweets em seu perfil no X que denotam o quanto a organização está perdida em sua causa pela liberdade. Nos tweets em questão, o perfil da UJL defendeu a Agenda 2030, uma série de metas que a ONU pretende aplicar ao mundo. A UJL afirma que tais propostas estão de acordo com preceitos “liberais” e com os ideais “humanistas”.

A UJL (seja por ingenuidade ou inconsistência moral) realmente assume que toda a Agenda 2030 da ONU está cheia das melhores intenções e ninguém em sã consciência se oporia à ela. A não ser que você seja um “chapéu de alumínio” (teórico da conspiração) como eles mesmos dizem:

Fora uma falsa dicotomia apresentada em um meme, onde para defender o livre mercado você teria que aceitar TODA a agenda globalista da “bondosa” ONU:

A verdade sobre a Agenda 2030

A UJL além de erroneamente fazer uma falsa dicotomia onde só é possível haver paz, livre comércio e tolerância se houver sujeição à Agenda 2030 da ONU, falha por não levar em conta o que a ONU pretende com tal agenda e por quais meios quer concretizá-la.

Qualquer pessoa que tenha uma percepção realista sobre o estado e organizações centralizadoras, sabe que tais instituições não são confiáveis. O estado em primeiro lugar é a violência e parasitismo institucionalizado formada por indivíduos que parasitam a sociedade enquanto chamam a si mesmos de governantes. A ONU, por sua vez, possui uma série de diretrizes pela qual pretende padronizar a forma de se portar de cada um dos estados mundiais. O que é uma ameaça muito maior.

Tal processo levaria a uma centralização ainda maior da sociedade sob a tutela dos países que tiverem mais voz na ONU. E como se sabe, serão esses os mais beneficiados por qualquer medida estabelecida por tal organização. E ao contrário do que a UJL afirma, a ONU não surgiu de anseios por “mais liberdade e justiça”. Surgiu da iniciativa de governos que queriam estabelecer o que seria ao seu ver, o caminho para alcançar tal ideal. Obviamente sob a tutela do governo mais poderoso, o dos EUA, e estando de acordo com seus interesses.

E se duvida disso, basta lembrar do amplo apoio que o governo americano recebeu da ONU enquanto levava um pouco de “democracia” para países totalitários que não quiseram jogar o jogo (e aqueles que jogaram fizeram os EUA esquecerem que eles eram totalitários).

A ingenuidade (ou mal caratismo) dos liberais da UJL

Muitas das pautas da Agenda 2030 propostas pela ONU são até boas em si mesmas. A grande questão é o que há por trás delas e como pretendem colocá-las em prática. Nesse ponto, os liberais da UJL caem no mesmo erro dos eleitores de Lula e da esquerda em geral. Caem de amores por propostas que aparentam ser boas, nas que na verdade são uma verdadeira armadilha que pretende atrair o público cada vez mais para suas garras. E este é o mesmo caso da ONU.

A UJL que tanto critica a esquerda em geral – e o PT em particular – parece não perceber que caiu no mesmo erro. Só mudaram o objeto de adoração. Ignoram que a liberdade e prosperidade não podem ser alcançadas por uma organização centralizadora, mas por meio da autodeterminação dos indivíduos.

Se realmente querem ser defensores consistentes da liberdade, devem rejeitar qualquer plano de centralização mundial, assim como nacional. E comecem rejeitando o aparato estatal, que é a maior organização criminosa e fonte de empobrecimento deste país.

Uma resposta para “A falha moral dos liberais da UJL em defender a Agenda 2030 da ONU”

  1. Avatar de Nikus
    Nikus

    Para você ver o quão efetivo é essa tática de camuflar uma agenda autoritária com um monte de metas que parecem inofensivas. Quando somos acusados de teóricos de conspiração, só serve para demostrar o quão desinformadas às pessoas estão.

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One thought on “A falha moral dos liberais da UJL em defender a Agenda 2030 da ONU”

  1. Para você ver o quão efetivo é essa tática de camuflar uma agenda autoritária com um monte de metas que parecem inofensivas. Quando somos acusados de teóricos de conspiração, só serve para demostrar o quão desinformadas às pessoas estão.

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