Lula se recusa veementemente a definir quem será seu Ministro da Fazenda e a dizer o que pretende fazer se for eleito, para qual direção pretende levar a economia. Essa indefinição não é por acaso. Lula se agarra a sua visão como conciliador e aposta em dizer que está contra o que Bolsonaro fez até agora como único meio de distinção em relação a Bolsonaro.
Por mais que esse seja um tapa na cara dos “Libertários Bolsonaristas” que precisam profundamente de acenos de Lula aos grupos mais radicais da esquerda (ainda que esses acenos tenham sido traídos no passado), não é um motivo para alegria tampouco para nós, agoristas.
Esse tipo de aproximação indica muitíssimo bem o quanto ele pretende usar a arma clássica de nos entregar toneladas de suco de socialismo, com aromas de livre mercado e uma rodela de bilionários, numa analogia ao famoso Cuba Libre. Esse tipo de ação só indica o quanto estaremos distantes da liberdade em caso de vitória do Lula, um extremo centrista, com acenos para todas as facções.
Em caso de vitória do Lula, acende-se a antiga chama dos socialistas de pressionar o governo para mais e mais socialismo nas mais diversas áreas. Despacito, ele pretende nos colocar numa panela de assistencialismo e dependência que será extremamente nociva as nossas liberdades civis e culminará no seu governo mais radical.
Claro, quem sabe o socialismo mais óbvio possa ser contido por um senado bolsonarista, mas é do socialismo em comum que temos que ter mais medo, afinal PT e Bolsonaristas votaram juntos em 350 pautas. Isso indica MUITO mais proximidade ideológica do que um desavisado possa imaginar. Quão semelhantes são os programas de governo deve ser justamente a nossa preocupação. Nessa dança entre Bolsonaristas e Petistas, nós é que terminaremos rebolando de 4 na cama.