Estados Unidos reduzem sanções à Venezuela

petróleo

O governo americano declarou nesta quarta-feira que aliviou as sanções sobre petróleo, gás e ouro contra a Venezuela. A decisão veio um dia depois que o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição, apoiada pelos EUA, chegaram a um acordo em Barbados sobre garantias eleitorais para uma votação competitiva monitorada internacionalmente no próximo ano.

Uma licença emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA autorizou a Venezuela a produzir e exportar petróleo bruto e gás sem limitações de clientes ou destinos; bem como outra licença geral que autoriza negociações com a empresa estatal venezuelana de mineração de ouro, Minerven.

Contudo, os Estados Unidos ameaçaram reverter as medidas caso Maduro não suspenda proibições impostas aos candidatos da oposição ou caso não começar a libertar prisioneiros políticos e americanos “detidos injustamente”. Washington deu até o final de novembro como prazo.

Os EUA começaram a impor sanções à Venezuela em 2008. Na época, o governo do presidente Hugo Chávez começou a expropriar ativos petrolíferos de empresas estrangeiras. O governo Trump impôs sanções econômicas adicionais à Venezuela para punir o governo de Maduro após sua reeleição em 2018, em uma tentativa de retirá-lo do poder.

A notícia do alívio das sanções levantou críticas, como as da senadora Lisa Murkowski, do Alasca, que criticou o governo por amenizar a produção de petróleo e “facilitar a vida de um dos piores regimes do mundo…ao mesmo tempo em que prejudica o desenvolvimento ambientalmente responsável no Alasca”.

Washington tem buscado maneiras de aliviar os preços globais de petróleo, elevados devido às sanções à Rússia e pelas decisões da OPEP de reduzir sua produção. O setor petrolífero venezuelano está sucateado, no entanto, como consequência de anos de sanções e descaso governamental. Embora a medida possa ajudar a aumentar o fluxo de petróleo venezuelano para o mercado global, não se espera que faça muito para reduzir os preços.

Gabriel Camargo

Autor e tradutor austrolibertário. Escreve para a Gazeta com foco em notícias internacionais.

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