Caso Raquel Padila: como o estado foi incapaz de evitar seu assassinato

Caso Raquel Padila: como o estado foi incapaz de evitar seu assassinato

Um caso brutal de assassinato vem comovendo o México e outros países. A vítima, Luz Raquel Padilla Gutiérrez , foi queimada viva por 5 pessoas devido aos incômodos dos criminosos com os barulhos do filho autista. A vítima já vinha denunciando as ameaças às autoridades estatais, mas nada foi feito. Esse trágico caso evidencia o quanto o estado é incapaz de nos garantir segurança de forma efetiva.

O caso

De acordo com investigações e testemunhas, Raquel Padila foi queimada viva por 5 pessoas (quatro homens e uma mulher) que eram seus vizinhos. O caso ocorreu no último sábado (16), onde as 5 pessoas a embarcaram com álcool e atearam fogo na vítima em um parque. A motivação do assassinato brutal foi a revolta dos autores do crime com os barulhos que o filho da vítima, de 11 anos, fazia quando estava em crise, já que possuía um caso grave de autismo.

Na terça-feira (19) infelizmente Raquel Padila veio a óbito. Sei filho agora está sob os cuidados dos avós. Padila já vinha denunciando as ameaças que ela recebia dos agressores à polícia, no entanto, nenhuma medida foi tomada para protegê-la.

Raquel Padila fez várias denúncias, mas em vão

Além das ameças verbais que já recebia, a vítima teve a casa pichada com avisos de que iria ser morta e até chegou a ser atacada com álcool. Apesar de todos os avisos, as autoridades não tomaram nenhuma medida para protegê-lo ou prender os agressores.

A situação com os vizinhos ficou mais tensa após Padila reclamar do barulho dos vizinhos, do bloqueio do acesso ao terraço, da realização de festas e de manter um cachorro nas áreas comuns.

Segundo a organização Yo Cuido México, a vítima não recebeu “a devida atenção ou acompanhamento” após se apresentar à delegacia de Zapopan. O grupo ainda afirmou que Padilla teve seu pedido negado para participar do programa Pulso de Vida, “considerando que as ameaças que ela recebeu de ‘terceiros’ não eram motivo suficiente para ser beneficiária”.

Raquel Padila seguiu com seus apelos frente às autoridades, mas foi tudo em vão.

Na última terça-feira, os 5 vizinhos atacaram Padila, jogando álcool em seu corpo e ateando fogo. Após o crime, a polícia e os serviços médicos municipais foram ao local, onde encontraram a vítima com queimaduras – que posteriormente foram estimadas no hospital em mais de 80% do corpo.

Dada a gravidade dos ferimentos, a vítima morreu no local.

O caso ganhou repercussão e várias pessoas se indignaram com a incapacidade das autoridades em ter evitado a tragédia, mesmo c as constantes denúncias da vítima.

O estado como incapaz de proteger sua vida

O caso trágico de Raquel Padila ilustra o quanto o estado é incapaz de garantir nossa segurança. O caso de Padila não é único, uma vez que mais de 90% dos casos de assassinato no México permanecem sem solução. O estado nem sequer é capaz de resolver o caso após o ocorrido.

O caso não é muito diferente do Brasil, onde também a maior parte dos casos de homicídio fica sem solução.

Como bem observado em um artigo do Mises Institute pelo redator Ryan McMaken:

…não se deve esperar que a polícia enfrente quaisquer conseqüências ou seja responsabilizada. É agora um princípio jurídico bem estabelecido nos tribunais federais que, apesar do lema de marketing “Proteger e Servir”, a polícia na verdade não tem obrigação de proteger o público contra danos.

Ryan McMaken

O estado e seus representantes se importam apenas com poder e espólios (impostos). Qualquer serviço que ele vir a oferecer serão apenas migalhas para eventualmente manter a esperança dos governados na possibilidade do estado resolver os problemas que ele promete resolver.

Como o assassinato de Raquel Padila poderia ter sido evitado

Se Raquel Padila pudesse contar com uma arma de fogo ou com um serviço de segurança, teria conseguido evitar seu trágico assassinato. Algumas pessoas poderiam apresentar algumas objeções, como a de que mais armas de fogo geram mais violência ou de que serviços de segurança seriam caros.

Em resposta a primeira objeção, podemos apontar para o fato óbvio de que os criminosos usaram outros meios para executar a vítima, e que criminosos sempre irão usar de qualquer meio para matar sua vítima se quiserem. Podemos citar como outro exemplo para isso, o assassinato de primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, por uma arma de fogo caseira. Lembrando que no Japão armas de fogo são proibidas por lei.

Casos como o do jovem armado que deteve um atirador em um shopping e em Indiana (EUA), e de uma mulher que deteve um atirador no estado da Virgínia (EUA), demonstram bem como um civil andar armado faz diferença na hora de garantir sua segurança.

Sobre a outra objeção, de que serviços de segurança seriam caros, podemos apontar para o fato de que os cidadãos já pagam altos impostos, e mesmo assim não há retorno algum na forma de serviços de segurança efetivos por parte do estado. A carga tributária e a inflação (ambas ações estatais) destroem o poder de compra dos cidadãos, só deixando em poder pagar por serviços que por aí só são escassos devido as restrições estatais de se empreender na área.

Se não fossem os impostos e inflação, ambos causados pelo estado, e nem houve restrições estatais para o fornecimento de serviços de segurança, as pessoas poderiam contar com alternativa para proteger suas vidas.

Conclusão

O caso do trágico assassinato de Raquel Padila nós mostra o quanto um.bem tão importante pra nós, a segurança, não pode ficar nas mãos de uma organização tão corrupta e ineficiente quanto o estado. Aqueles que são contrários ao direito das pessoas se armarem, estão defendendo uma pauta contrária a vida e a paz, diferente do que acreditam que estão fazendo.

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