“É preciso saber ler e escrever pra limpar banheiro e para varrer uma rua?”, questiona mulher que trabalha com reciclagem no RS

ASG CLT

Em um vídeo publicado pelo perfil da ONG Projeto Nono Giacomelli, uma mulher que é uma das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul desabafa sobre sua situação. Ela informa que sua única fonte de renda é trabalhando com reciclagem, ganhando R$ 350,00 por mês.

Ela informa que devido ao fato de ser analfabeta não consegue nenhum emprego formal. O caso dela mostra bem como as leis trabalhistas geram custos maiores para se contratar alguem, levando a fazer exigências com finalidade meramente eliminatória que não fariam de outro modo.

No vídeo, a mulher desabafa com Shaieni Giacomelli, fundadora e responsável pela ONG. Quando questionada sobre como está a sua situação, a mulher comenta que não recebe auxílio nenhum do governo e que a cortaram do Bolsa Família.

Ela comenta que a única renda que possui é devido ao trabalho de reciclagem, ganhando cerca de R$ 350 por mês. Ela afirma que não consegue nenhum emprego de carteira assinada devido ao fato de ser analfabeta, e questiona se faz sentido exigir que alguém precise saber ler e escrever para realizar uma atividade que a princípio não demande tais habilidades.

Abaixo, um vídeo com o desabafo dela publicado no perfil do Projeto Nono Giacomelli no Instagram:

Consequência das leis trabalhistas

Como já abordado aqui em outros artigos (como este e este) as leis trabalhistas tornam mais custoso para os empregadores contratarem trabalhadores menos qualificados. Com o aumento dos custos para contratação, os emptegadores irão aumentar os critérios para se contratar alguem. Nem que sejam meramente eliminatórios.

Ao mesmo tempo, as empresas com menores rendimentos que poderiam contratar pessoas menos qualificadas são impedidos pelas leis trabalhistas. Com isso, empresas assim ficam privadas de contratar ajudantes, o que leva muitas vezes os demais funcionários ao acúmulo de função, ou o próprio acumular mais serviços, comprometendo sua produtividade.

Enquanto isso, trabalhadores menos qualificados, como essa senhora do vídeo, ficam impossibilitados de conseguir um trabalho que pague um pouco melhor.

Sobre a ONG Instituto Nono Giacomelli

A ONG Projeto Nono Giacomelli foi fundada por Shaiene Giacomelli com o intuito de ajudar pessoas desabriadas. A ONG vem fazendo um excelente trabalho levando doações de mantimentos para pessoas desabriadas no Rio Grande do Sul devido a tragédia das enchentes.

Para ajudar a ONG, basta enviar uma doação para a chave pix: [email protected]


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Mais do que congelar os gastos do governo, Haddad deveria aniquilá-los

Na última quinta-feira (18), o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) anunciou o congelamento dos gastos do governo previstos para este ano em R$ 15 bilhões. A medida surpreendente foi devido à necessidade de cumprir com as metas do Arcabouço Fiscal. Segundo Haddad, os gastos já estavam crescendo acima da arrecadação. Mesmo que tal decisão […]

Leia Mais
Competição
Economia

Impulsionando a ação humana — Competição como motor do mercado e da vida humana

Há uma força primordial que nos impulsiona para a frente, incitando-nos a saltar, a nos esforçar, a conquistar — a repulsa inerente de ficar onde estamos. Somos viciados no hormônio da sensação de bem-estar que nosso corpo libera no processo de atingir uma meta — a dopamina. Em um mercado livre, essa propulsão é direcionada […]

Leia Mais
Economia

Embora populares, as nacionalizações arruínam as economias

Em um mundo cheio de ódio pelo livre mercado, as pessoas que pedem a nacionalização do setor não são raras. Apesar de sua popularidade política, as nacionalizações são terríveis para as economias e representam um trampolim no caminho para a miséria e o colapso. Em troca do ganho temporário obtido com a expropriação da propriedade […]

Leia Mais