O apagão desta terça-feira foi devido à privatização da Eletrobrás?

Apagão nacional

O apagão que aconteceu na manhã desta terça-feira tomou os brasileiros de surpresa e se tornou um dos maiores assuntos do dia. E como no Brasil dificilmente um assunto escapa de ser politizado, a primeira dama Janja não tardou em associar o incidente à privatização da Eletrobrás ocorrida no ano passado.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou por sua vez que seria leviano relacionar a privatização da Eletrobras diretamente ao apagão desta manhã. Ainda assim, ele afirma acreditar que a privatização da Eletrobrás foi um “grande mal para o país”, alegando que o estado não poderia deixar um serviço “estratégico” como a energia elétrica na mão da iniciativa privada.

Apagões são culpa da iniciativa privada?

Desde que a privatização da Eletrobrás (criada originalmente como uma estatal por Getúlio Vargas) foi proposta por Temer, vários setores da política brasileira – principalmente os mais à esquerda – passaram a atacar fortemente a ideia, afirmando que haveria uma série de apagões no Brasil caso isso acontecesse. Em um artigo publicado no site do Senado Federal em 2017, o jornalista Ricardo Westin alega que graças à criação da estatal, o Brasil resolveu a questão dos apagões que eram frequentes quando o Brasil dependia exclusivamente na iniciativa privada.

No entanto, basta uma rápida pesquisa pra constatar que grandes apagões não deixaram de existir no Brasil após a criação da Eletrobrás. Neste artigo você encontra uma lista com o histórico dos principais apagões do Brasil a nível tanto regional quanto estadual dos últimos 50 anos, mesmo após a criação da Eletrobrás. Inclusive foi ano de 2009 que ocorreu o maior apagão no país neste século até então, onde 18 estados foram atingidos.

O artigo de Westin também insinua que sem a iniciativa privada os lugares mais distantes do Brasil jamais teriam acesso à energia elétrica. No entanto, a situação não se tratava de um genuíno livre mercado de energia elétrica, mas de concessões estatais exclusivas para empresas selecionadas. Prática essa que perdura até hoje.

Além disso, como bem mostrado neste artigo do site Mises Brasil, sendo uma estatal, a Eletrobrás foi incapaz de se manter viável economicamente, gerando verdadeiros prejuízos que eram compensados por meio de repasse de verba pública. Também importante lembrar que a própria criação de uma estatal que operasse a nível nacional fazia parte do plano de maior centralização do Brasil, que começou no governo Getúlio Vargas e teve seu auge durante a Ditadura Militar.

Conclusão

A acusação de Janja e da esquerda sobre a privatização da Eletrobrás ser responsável pelo apagão de ontem é apenas uma narrativa rasa, desonesta e desesperada para tentar justificar a retomada do poder que a centralização do fornecimento de energia elétrica poderia dar ao estado novamente.

Aqueles que querem que o Brasil evite mais apagões como esse deveriam defender não só a desestatização do setor elétrico, mas o fim das restrições para produzir nesta área. E inclusive isentar todas as formas alternativas de produção de eletricidade, como a energia solar.

12 respostas para “O apagão desta terça-feira foi devido à privatização da Eletrobrás?”

  1. Avatar de Marco Antônio F
    Marco Antônio F

    Apagão no Brasil é consequência de privatização da Eletrobrás, alerta engenheiro e presidente da Fisenge
    Roberto Freire enfatizou a necessidade “urgente” de reestatizar a companhia brasileira, citando exemplos internacionais, como o da EDF na França

    Para o engenheiro e presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Roberto Freire, o apagão desta terça-feira (15) era uma “tragédia anunciada”. Freire destacou que advertências sobre os riscos associados à privatização da Eletrobrás, incluindo aumento de tarifas e precarização do trabalho, sempre foram expressas por sindicalistas e trabalhadores.

    1. Avatar de Rodrigo
      Rodrigo

      Se leu o artigo que linkamos mostrando o histórico de apagões da Eletrobrás quando ainda era estatal, incluindo a maior antes dessa última, que atingiu 18 estados em 2009, entendeu que a privatização nada tem a ver com isso. O que já desmente a narrativa do engenheiro citado, que obviamente tem o interesse em defender maiores estatizações. Ele simplesmente não consegue mostrar uma relação de necessidade entre privatização e problemas associados à esse tipo de empreendimento. E não vou me surpreender se descobrir o posicionamento político de tal engenheiro, que pode estar usando de sua posição para dar força ao seu argumento. E os casos envolvendo privatização sempre são de empresas recebendo concessões exclusivas do estado para operar sem concorrência. Com essa narrativa, o que há por trás é uma tentativa de vender a ideia de que o estado é superior em fornecer serviços, o que tornaria a população cada vez mais receptiva à uma estatização a lá URSS. E afinal, se o estado é superior em fornecer serviços, por quê não estatizar tudo? sabemos que não funciona. Mas é por meio de distorção dos fatos e omissão, como vc e o tal engenheiro fazem dos problemas que sempre houveram na Eletrobrás, que tentam vender a ideia de que “temos que estatizar”

  2. Avatar de Marco Antônio F
    Marco Antônio F

    Aqui no RS, a privatização da CEEE (empresa de energia elétrica) só gerou problemas! Fiquei 6 dias sem luz. No tempo da empresa estatal, o máximo que fiquei sem luz foi 24 horas. Teve pessoas aqui que ficaram 15 dias sem luz! Aqui no RS ninguém está satisfeito com a empresa Equatorial que comprou a estatal CEEE.

    1. Avatar de Rodrigo
      Rodrigo

      O correto seria a privatização correta: entregar cotas aos pagadores de impostos. Além da concessão a uma única empresa monopolista ser antiética, é economicamente inviável

    2. Avatar de Nikus
      Nikus

      Às vezes à privatização faz bem e os serviços melhoram, às vezes às coisas só pioram. O problema principal é que essas empresas passam de lado, mas o monopólio ou oligopolio permanece. Mesmo assim, entregar taís empresas para empresários, independente se são competentes ou não, faz mais sentido do que fazer com que eles permaneçam na mão de políticos, custando enormes quantias financeiras vindo diretamente do bolso dos brasileiros, mas é necessário que às barreiras regulatórias sejam eliminadas para priorizar à situação da quantidade e qualidade da oferta no longo-prazo.

      1. Avatar de Rodrigo
        Rodrigo

        Boa observação

  3. Avatar de Marco Antônio F
    Marco Antônio F

    Privatização da Eletrobrás tem aportes públicos, serviço mais caro e quase R$ 1 bilhão em dividendos.
    Na Eletrobrás estatizada, o presidente ganhava R$ 50 mil. Na privatizada, ganha R$ 300 mil”, diz Ronaldo Bicalho.

    1. Avatar de Rodrigo
      Rodrigo

      Sim, o estado vendeu toda a estatal para só uma empresa ao invés de devolver aos pagadores de impostos, que seria o correto. Sem concorrentes uma empresa tende a relaxar e dar piores retornos onde não há alternativas para a população. Brasil é cheio de restrições quanto à geração de energia. Ainda mais com as novas leis ambientalistas. E o estado é tão a favor de geração de energia que irá taxar até mesmo a energia verde solar

    2. Avatar de Nikus
      Nikus

      “Privatização da Eletrobrás tem aportes públicos, serviço mais caro e quase R$ 1 bilhão em dividendos”

      É tanta falácia vazia vindo desse Márcio que assusta qualquer mente sensata. Não sei nada sobre “aporte público ou serviço mais caro” (fonte? E o que exatamente isso significa?) Mas uma rápida pesquisa já mostrou que à empresa pagou mais de 3 bilhões de dividendos em 2021, quando era estatal, e logo, dá para dizer que ela está mais “esmagrecida” agora, que é privada (até porque o preço das ações vem despencando). Qual é o seu ponto, Márcio? Vai ficar batendo em lugares comuns constantemente nessa sessão de comentários com um monte de afirmação questionável para ser rebatido? Eu sugiro que leia algum livro ou algo que agregue ao seu cérebro fora dos lugares comuns que você usa, pois seriamente precisa de mais exercício de pensamentos “fora da caixinha”.

  4. Avatar de Marco Antônio F
    Marco Antônio F

    A Eletrobrás reconheceu que o apagão nacional dessa terça-feira (15) foi decorrência de uma falha no sistema de energia. Ocorreu um desligamento não programado na linha de transmissão Quixadá II/Fortaleza II, a qual opera em 500 quilovolts (kV). O desligamento foi desencadeado por uma falha no funcionamento do sistema de proteção, que atuou de maneira errada, ocasionando cortes de energia.

    A falha não mais deixa dúvida que a privatização da Eletrobrás, feita por Jair Bolsonaro e apoiada por todos os golpistas “civilizados”, tem relação com o blecaute. Os defensores das privatizações podem afirmar que não há nenhuma ligação direta entre as duas coisas, mas é mais do que legítimo questionar porque um apagão dessa magnitude, raríssimo de acontecer, ocorra pouco tempo depois da privatização. Coincidência?

    O que é fato, no entanto, é que a privatização sempre vem junto com o sucateamento. Primeiro, a empresa estatal é conscientemente sucateada para criar pretextos para a privatização. Depois de privatizada, o investimento é reduzido ao máximo, já que o objetivo dos capitalistas que parasitam a empresa é o lucro, não o fornecimento de um serviço de qualidade.

    1. Avatar de Rodrigo
      Rodrigo

      raríssimo de acontecer? Eletrobrás tem um longo histórico de apagões e só em 2009 houve um que atingiu metade do Brasil. E se engana quem acha que somente bolsonaristas defendem a privatização da Eletrobrás. Fora que ela foi feita da forma errada

    2. Avatar de Nikus
      Nikus

      É de deixar estupefato argumentos desse nível. Ignoram todos os defeitos das estatais, mas tão logo uma crise acontece em um setor que teve uma privatização meia-boca – estimulado muitas vezes devido às barreiras regulatórias e protecionistas mantidas pelo governo, que impedem à competição -, já começam à surgir indivíduos com os clássicos argumentos Marxianicos de que os empresários são malvados e querem ver os pobres no chinelo. Se fosse assim, então todos os mercados deveriam estar vazios ou lotados de produtos podres e vencidos, mas não é o que vemos, na verdade, há problemas de poluição do tanto de descarte que há de tais produtos, e isso ocorre independente se o “burguês” do tal do negócio está tendo lucro ou não, pois em um setor com concorrência, todos os negócios estão competindo entre si para atrair consumidores, uma lei universal econômica que é ignorada pelos políticos e pelos críticos do “capitalismo”, do que adianta criticar o “capitalismo” se na prática você está batendo em um híbrido socialista-privado? Além do mais, a Eletrobras está longe de ser uma empresa gerada pela livre-iniciativa, foi criada pelo Estado, e a empresa que à assume agora ainda lida com muitas das ineficiencias de quando era estatal. E diferente das mentiras que você disse no seu comentário, não é que a Eletrobras não está investindo, mas sim que à empresa está em crise de investimentos, às ações dela despencaram depois da privatização, e ela nem sequer possuí um dono, “à estatização” não foi nada mais do que vendas de ações ordinárias para que os acionistas tomassem controle da empresa, algo que está extremamente longe de ser uma privatização genuína, com o governo ainda detendo à maior parte das ações, o que, somado com às restrições de mercado, retiram todo o incentivo para que ela se torne imediatamente produtiva no curto-prazo (afinal, não possuí concorrente), mas diferente do que muita gente diz, não está havendo qualquer apocalipse por causa da privatização da empresa, apagões sempre existiram mesmo quando ela era estatal por causa de imprevistos e acidentes, e toda essa polêmica só está ocorrendo porque muita gente está doida para ver o Lula reestatizar à empresa, como se houvesse algo para elas ganharem com isto.

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  1. Apagão no Brasil é consequência de privatização da Eletrobrás, alerta engenheiro e presidente da Fisenge
    Roberto Freire enfatizou a necessidade “urgente” de reestatizar a companhia brasileira, citando exemplos internacionais, como o da EDF na França

    Para o engenheiro e presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Roberto Freire, o apagão desta terça-feira (15) era uma “tragédia anunciada”. Freire destacou que advertências sobre os riscos associados à privatização da Eletrobrás, incluindo aumento de tarifas e precarização do trabalho, sempre foram expressas por sindicalistas e trabalhadores.

    1. Se leu o artigo que linkamos mostrando o histórico de apagões da Eletrobrás quando ainda era estatal, incluindo a maior antes dessa última, que atingiu 18 estados em 2009, entendeu que a privatização nada tem a ver com isso. O que já desmente a narrativa do engenheiro citado, que obviamente tem o interesse em defender maiores estatizações. Ele simplesmente não consegue mostrar uma relação de necessidade entre privatização e problemas associados à esse tipo de empreendimento. E não vou me surpreender se descobrir o posicionamento político de tal engenheiro, que pode estar usando de sua posição para dar força ao seu argumento. E os casos envolvendo privatização sempre são de empresas recebendo concessões exclusivas do estado para operar sem concorrência. Com essa narrativa, o que há por trás é uma tentativa de vender a ideia de que o estado é superior em fornecer serviços, o que tornaria a população cada vez mais receptiva à uma estatização a lá URSS. E afinal, se o estado é superior em fornecer serviços, por quê não estatizar tudo? sabemos que não funciona. Mas é por meio de distorção dos fatos e omissão, como vc e o tal engenheiro fazem dos problemas que sempre houveram na Eletrobrás, que tentam vender a ideia de que “temos que estatizar”

  2. Aqui no RS, a privatização da CEEE (empresa de energia elétrica) só gerou problemas! Fiquei 6 dias sem luz. No tempo da empresa estatal, o máximo que fiquei sem luz foi 24 horas. Teve pessoas aqui que ficaram 15 dias sem luz! Aqui no RS ninguém está satisfeito com a empresa Equatorial que comprou a estatal CEEE.

    1. O correto seria a privatização correta: entregar cotas aos pagadores de impostos. Além da concessão a uma única empresa monopolista ser antiética, é economicamente inviável

    2. Às vezes à privatização faz bem e os serviços melhoram, às vezes às coisas só pioram. O problema principal é que essas empresas passam de lado, mas o monopólio ou oligopolio permanece. Mesmo assim, entregar taís empresas para empresários, independente se são competentes ou não, faz mais sentido do que fazer com que eles permaneçam na mão de políticos, custando enormes quantias financeiras vindo diretamente do bolso dos brasileiros, mas é necessário que às barreiras regulatórias sejam eliminadas para priorizar à situação da quantidade e qualidade da oferta no longo-prazo.

  3. Privatização da Eletrobrás tem aportes públicos, serviço mais caro e quase R$ 1 bilhão em dividendos.
    Na Eletrobrás estatizada, o presidente ganhava R$ 50 mil. Na privatizada, ganha R$ 300 mil”, diz Ronaldo Bicalho.

    1. Sim, o estado vendeu toda a estatal para só uma empresa ao invés de devolver aos pagadores de impostos, que seria o correto. Sem concorrentes uma empresa tende a relaxar e dar piores retornos onde não há alternativas para a população. Brasil é cheio de restrições quanto à geração de energia. Ainda mais com as novas leis ambientalistas. E o estado é tão a favor de geração de energia que irá taxar até mesmo a energia verde solar

    2. “Privatização da Eletrobrás tem aportes públicos, serviço mais caro e quase R$ 1 bilhão em dividendos”

      É tanta falácia vazia vindo desse Márcio que assusta qualquer mente sensata. Não sei nada sobre “aporte público ou serviço mais caro” (fonte? E o que exatamente isso significa?) Mas uma rápida pesquisa já mostrou que à empresa pagou mais de 3 bilhões de dividendos em 2021, quando era estatal, e logo, dá para dizer que ela está mais “esmagrecida” agora, que é privada (até porque o preço das ações vem despencando). Qual é o seu ponto, Márcio? Vai ficar batendo em lugares comuns constantemente nessa sessão de comentários com um monte de afirmação questionável para ser rebatido? Eu sugiro que leia algum livro ou algo que agregue ao seu cérebro fora dos lugares comuns que você usa, pois seriamente precisa de mais exercício de pensamentos “fora da caixinha”.

  4. A Eletrobrás reconheceu que o apagão nacional dessa terça-feira (15) foi decorrência de uma falha no sistema de energia. Ocorreu um desligamento não programado na linha de transmissão Quixadá II/Fortaleza II, a qual opera em 500 quilovolts (kV). O desligamento foi desencadeado por uma falha no funcionamento do sistema de proteção, que atuou de maneira errada, ocasionando cortes de energia.

    A falha não mais deixa dúvida que a privatização da Eletrobrás, feita por Jair Bolsonaro e apoiada por todos os golpistas “civilizados”, tem relação com o blecaute. Os defensores das privatizações podem afirmar que não há nenhuma ligação direta entre as duas coisas, mas é mais do que legítimo questionar porque um apagão dessa magnitude, raríssimo de acontecer, ocorra pouco tempo depois da privatização. Coincidência?

    O que é fato, no entanto, é que a privatização sempre vem junto com o sucateamento. Primeiro, a empresa estatal é conscientemente sucateada para criar pretextos para a privatização. Depois de privatizada, o investimento é reduzido ao máximo, já que o objetivo dos capitalistas que parasitam a empresa é o lucro, não o fornecimento de um serviço de qualidade.

    1. raríssimo de acontecer? Eletrobrás tem um longo histórico de apagões e só em 2009 houve um que atingiu metade do Brasil. E se engana quem acha que somente bolsonaristas defendem a privatização da Eletrobrás. Fora que ela foi feita da forma errada

    2. É de deixar estupefato argumentos desse nível. Ignoram todos os defeitos das estatais, mas tão logo uma crise acontece em um setor que teve uma privatização meia-boca – estimulado muitas vezes devido às barreiras regulatórias e protecionistas mantidas pelo governo, que impedem à competição -, já começam à surgir indivíduos com os clássicos argumentos Marxianicos de que os empresários são malvados e querem ver os pobres no chinelo. Se fosse assim, então todos os mercados deveriam estar vazios ou lotados de produtos podres e vencidos, mas não é o que vemos, na verdade, há problemas de poluição do tanto de descarte que há de tais produtos, e isso ocorre independente se o “burguês” do tal do negócio está tendo lucro ou não, pois em um setor com concorrência, todos os negócios estão competindo entre si para atrair consumidores, uma lei universal econômica que é ignorada pelos políticos e pelos críticos do “capitalismo”, do que adianta criticar o “capitalismo” se na prática você está batendo em um híbrido socialista-privado? Além do mais, a Eletrobras está longe de ser uma empresa gerada pela livre-iniciativa, foi criada pelo Estado, e a empresa que à assume agora ainda lida com muitas das ineficiencias de quando era estatal. E diferente das mentiras que você disse no seu comentário, não é que a Eletrobras não está investindo, mas sim que à empresa está em crise de investimentos, às ações dela despencaram depois da privatização, e ela nem sequer possuí um dono, “à estatização” não foi nada mais do que vendas de ações ordinárias para que os acionistas tomassem controle da empresa, algo que está extremamente longe de ser uma privatização genuína, com o governo ainda detendo à maior parte das ações, o que, somado com às restrições de mercado, retiram todo o incentivo para que ela se torne imediatamente produtiva no curto-prazo (afinal, não possuí concorrente), mas diferente do que muita gente diz, não está havendo qualquer apocalipse por causa da privatização da empresa, apagões sempre existiram mesmo quando ela era estatal por causa de imprevistos e acidentes, e toda essa polêmica só está ocorrendo porque muita gente está doida para ver o Lula reestatizar à empresa, como se houvesse algo para elas ganharem com isto.

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