E se a Uber REALMENTE quisesse enfrentar o Estado?

Agorismo

Você já deve estar sabendo que a Uber foi multada no valor de R$ 1 bilhão, além de estar sendo coagida a contratar seus motoristas sob o regime da CLT… A empresa anunciou que não acatará qualquer decisão até que se esgotem todas as instâncias cabíveis para recorrer.

Bem, se ela conseguirá ganhar no tribunal ou não, só o tempo dirá; no entanto, o propósito deste artigo é discutir o “e se” ela perder… “E se” ela realmente quiser enfrentar o estado? Será que é possível fazer isso?

Em geral, a primeira coisa que acontece é a empresa ameaçar sair do país. O engraçado é que o ministro do trabalho Luiz Marinho afirmou que, se for esse o caso, ele chamaria os Correios para criar um aplicativo alternativo. (Vamos pular a parte em que eu comento o quanto isso é absurdo e até cômico). Um cenário assim parece pouco provável, já que estamos falando de aproximadamente 1 milhão de motoristas e 30 milhões de usuários só no Brasil. Agora, se isso representa um número suficiente para a empresa estar disposta a “pagar para ver” se o estado tem a coragem de tirar o aplicativo do ar… Acho que não.

Seriam incontáveis os desempregados e um dano significativo na vida de muitas pessoas? Sim, mas para os parasitas, demonstrar fraqueza e arriscar que outros se rebelem nunca é uma opção; assim, se é o povo que tem que pagar o pato por isso, que seja, pensa o parasita.

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Publicidade feita, agora vamos falar dos tipos mais clássicos de retaliação.

1) O banimento do app e o bloqueio por parte das operadoras

O banimento do app e o bloqueio por parte das operadoras seria possivelmente a primeira medida por parte do estado contra a empresa. Isso seria relativamente fácil de resolver. Lembre-se, o governo faz esse tipo de coisa com sites de distribuição “pirata” de filmes e séries o tempo todo e nunca funciona.

O maior risco de não estar presente na loja oficial de aplicativos, além da menor visibilidade para os clientes, o que será abordado logo mais, é a possibilidade de clones maliciosos do programa se espalharem. No entanto, é importante notar que a certificação de software não é uma tecnologia recente no mercado. Outro ponto relevante é a existência de outras lojas de aplicativos amplamente conhecidas, como as populares F-Droid e Aptoide. Além disso, a Uber atualmente tem tamanho suficiente para realizar uma ampla campanha de divulgação sobre os meios oficiais para obter o aplicativo.

Ademais, uma atualização no aplicativo que o integre a uma VPN nativa seria o suficiente para contornar qualquer bloqueio na região. O usuário final nem perceberia a diferença.

2) Censurar a empresa

Uma segunda medida por parte do estado contra empresa seria censurá-la. Isso realmente poderia afetar muito o marketing da empresa, não poder fazer anúncios ou ter as redes sociais bloqueadas. Mas honestamente, estamos falando de uma “Generic trademark”, ou seja, uma marca que já virou sinônimo do serviço que presta, então não seria impossível superar isso. Incentivar a divulgação orgânica através de recompensas e descontos já é uma solução amplamente conhecida. Isso sem falar que eles provavelmente teriam o apoio quase que total da direita, mas teriam que saber usar e aproveitar isso.

3) Confiscar os ativos da empresa no país e punir os donos

A Uber tem uma vantagem óbvia na hora de praticar a contraeconomia, afinal de contas, eles apenas conectam o cliente com o prestador de serviço, ou seja, não precisam de fábricas, ou de uma frota de veículos, não há nada para o governo confiscar e eles não precisam ficar por aqui e serem presos.

A maior dificuldade da empresa seria não poder ter contas bancárias no país para realizar as transações e ficar com as taxas… No entanto, integrar o serviço com um sistema de cobrança internacional, como o PayPal, por exemplo, seria o bastante para resolver isso… (Bitcoin seria uma solução mais poderosa, eu sei, mas vamos ficar no básico por enquanto.)

4) Punir os usuários (clientes e prestadores de serviço)

O governo sabe que não pode acabar com a clandestinidade, as ações de combate ao mercado informal têm como único objetivo espalhar o medo para eles, quanto mais pessoas pensarem “nah, não vale a pena arriscar”, melhor. Algumas retaliações possíveis são: Invalidar a CNH dos motoristas que se cadastrarem na plataforma, ou mesmo aplicar multas e confiscar seus veículos… Na verdade, consigo até imaginar policiais se passando por clientes para pegar motoristas em flagrante…Mas será que existe algo a ser feito? Bom, é aqui que as coisas começam a ficar mais “espinhosas”… O nosso clube do livro lançará a obra “Manual da Ação Libertária” que discute a Contra Economia na prática, com a Universidade Libertária lançando para os assinantes do Plano Konkin conteúdos complementares sobre o tema.

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