O bloqueio do Telegram pelo STF e o que você pode fazer sobre isso

O bloqueio do Telegram pelo STF e o que você pode fazer sobre isso

Com o bloqueio do Telegram no Brasil por ordem o ministro do STF, Alexandre Moraes, muitos grupos que buscam no mensageiro um espaço para maior liberdade de expressão serão fortemente prejudicados, Incluindo milhares que usam para fins comerciais, sociais, educativos, etc. A medida é um verdadeiro ato de tirania e abuso de poder e serve como uma demonstração clara dos reais interesses do STF e outros grupos que mantém o poder estatal.

O ministro alega que a medida visa “proteção contra a desinformação”, mas sabemos que a medida é para barrar qualquer oposição ao mainstream político que ele e o STF representam, assim como o TSE, que solicitou o bloqueio, como abordado neste artigo.

Para ir direto à parte do artigo onde mostramos como manter seu acesso ao Telegram após o bloqueio clique aqui. Para saber como baixar e usar Matrix como alternativa ao Telegram caso o próprio Palel Durov bloqueie contas de usuários brasileiros, clique aqui.

Medidas do STF para aplicar a censura

Para por em prática a suspensão do Telegram no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Wilson Diniz Wellisch, adotasse imediatamente todas as providências necessárias para a suspensão do aplicativo, que irá perdurar até o os responsáveis pelo app cumpram com as exigências do STF.

Moraes também ordenou que a Apple e o Google bloqueiem o aplicativo e o retirem da Apple Store e da Google Play Store. As empresas que administram serviços de acesso a backbones no Brasil, assim como as provedoras de serviço de internet, como Algar Telecom, Oi, Sky, Live TIM, Vivo, Net Virtua e GVT, deverão inserir obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar o acesso dos usuários ao Telegram.

O ministro ainda alertou que em caso de descumprimento da decisão, o Telegram deverá pagar multa diária de R$ 500 mil. Já as pessoas e empresas que usarem “subterfúgios tecnológicos” – como VPN e Proxys – para continuarem o acesso ao Telegram, estarão sujeitas a sanções civis e criminais, além de multa diária de R$ 100 mil.

Como driblar as restrições do STF ao Telegram no Brasil

Para aqueles que querem continuar acessando o mensageiro, há algumas ferramentas e técnicas que poderão ajudar.

Como o STF ordenou a retirada do Telegram nas lojas de apps Playstore, Google Play e Appstore, a primeira coisa que deverá ser feita é excluir o app baixado em uma dessas lojas de aplicativos. Feito isso, baixe o app do Telegram pelo F-droid (loja de aplicativos open source e livre de censura) ou diretamente do site oficial do Telegram.

No caso de usuários que usam iPhone, deverão acessar o navegador do Iphone, entrar no endereço: webk.telegram.org e depois de fazer o login e conseguir ver todas as conversas, clicar no botão “compartilhar”.

Feito isso, adicione o WebK na tela de início escolhendo a opção “Adicionar à Tela de Início”Agora foi adicionado um ícone na sua tela com o logo do Telegram, que você poderá utilizar exatamente como o App nativo! Deste modo você poderá sempre acessar seu Telegram! 

O passo seguinte será usar ferramentas para camuflar o IP. O IP é o endereço de seu aparelho eletrônico de acesso à internet, seja ele smartphone, computador etc. Para isso, você poderá usar ou Proxys ou VPNs, ou ambas.

Proxys são servidores que mediam sua conexão à uma determinada plataforma, rede ou sistema. Ao se conectar ao proxy, ele fará sua conexão ao Telegram, onde você envia informações por meio do proxy e recebe informações do Telegram por meio dele. A vantagem é que o IP associado à sua conta será a do proxy, o que te tornará irrastreavel. No canal do Telegram chamado ProxyMTProto você encontrará uma grande lista de proxys. Recomendo se conectar em todas.

Na medida que for conectando em uma irá se desconectar de outra, no entanto ficará em seu histórico. Isso será importante, pois sempre que uma estiver indisponível poderá se conectar em outra do histórico.

Já a VPN é uma rede privada que mantém as conexões criptografadas. Diferente da proxy, ao se conectar à uma VPN o IP do servidor também será ocultado. Há tanto VPNs pagas quanto gratuitas. Entre as VPNs pagas, a mais recomenda é a VPN Express.

Já entre as VPNs gratuitas, a que se mostra como a mais confiável é a Calyx VPN. Para baixá-la diretamente pelo F-Droid, clique aqui. Basta apertar no botão com ícone de ligar e a VPN estará ativada.

Também é recomendado que o usuário oculte seu número de telefone. Isso pode ser feito nas configurações do perfil. Isso o torna irrastreavel para que assim não corra o risco de ser multado. Caso ache necessário, dê preferência à dar um perfil fake ou participar apenas de grupos privados. Isso reduz o risco de ser identificado pelas “autoridades”.

Matrix, uma alternativa segura ao Telegram

Todas as medidas apresentadas acima podem ser úteis caso apenas o bloqueio pelos meios ao alcance de Alexandre Moraes forem aplicados. No entanto, caso o próprio Palel Durov, CEO do Telegram, acatar a ordens do ministro e bloquear todas as contas brasileiras do Telegram, não haverá nada que se possa fazer a não ser migrar para outra rede mais segura e imune à censura.

Uma excelente alternativa à isso a Matrix, um protocolo de comunicação criptografado similar ao Telegram, porém muito mais seguro e open source.

Para acessar à rede Matrix é necessário utilizar algum cliente. Recomendamos o Element que possui uma boa reputação por parte dos usuários. Para baixá-lo pelo F-droid, clique aqui.

Assim como Telegram, é possível enviar além de mensagem de texto, mensagem de mídias diversas (fotos, vídeos, áudios, documentos, etc) bem como figurinhas, assim como fazer chamadas de vídeos tanto no privado quanto em grupos.

Diferente do Telegram, onde apenas os chats secretos e grupos e canais privados são criptografados, todas as mensagens do Element recebem criptografia de ponta a ponta.

Os grupos onde é possível vários membros interagirem são chamados de salas, onde assim como no Telegram é possível adms estabelecerem permissões de atividade.

Sendo open source e totalmente criptografado, o Element junto com a rede Matrix se mostra totalmente imune à censura e não há como bloquear o acesso de qualquer usuário.

Feito tudo isso, entre em nossa sala no Matrix clicando aqui para não perder nenhuma atualização em nosso site!

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