Greve das Universidades Federais mantém tensão entre professores e o Governo Lula

Greve das universidades federais

A greve de universidades federais no país, que já dura quase dois meses, segue ativa, mantendo a tensão entre os professores federais e o Governo Lula. Por um lado, professores em greve afirmam que continuarão com a greve até receberem aumentos salariais. O governo, por sua vez, afirma que não há mais espaço no orçamento para o nível de aumento salarial que os professores em greve estão exigindo.

Após sete rodadas de negociação, docentes e o governo federal seguem sem chegar a nenhum consenso. Na última segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou até mesmo a fazer um apelo pedindo o encerramento das greves nas universidades federais, afirmando que não há motivo para as paralisações.

Proposas do Governo Lula para aplacar a greve

Entre as propostas do Governo Lula para aplacar a greve, estão os investimentos para as universidades federais no âmbito do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para o orçamento de custeio das instituições federais. Outras propostas do governo seriam em soluções que não dependeriam diretamente de recursos, como a revisão de portarias e a estruturação da carreira.

Entre as portarias que Lula pretende revogar, estaria a portaria 983, editada durante o governo Jair Bolsonaro. O texto é criticado pelos docentes por ampliar a carga horária semanal de professores dos institutos federais. Esse tópico é uma das pautas de reivindicação da greve.

A última proposta do governo não prevê reajuste em 2024, propondo no lugar um aumento de 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. Os servidores rejeitaram a proposta e pediram recomposição das perdas salariais (devido à inflação causada pelo próprio Governo Lula), com reajuste de 3,69% em agosto de 2024.

Insatisfação dos professores

Professores seguem com a greve enquanto não conseguirem as exigências apresentadas por eles ao Governo Lula. A categoria também criticou Lula por tentar negociar apenas com os reitores das universidades, ao invés de incluir também professores e seus representantes nas reuniões.

Os professores das universidades federais, que demonstraram amplo apoio a Lula durante as eleições de 2022, agora se veem deixados de lado, enquanto até mesmo policiais ganharam aumento no atual governo petista.


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