Hoje é o dia 7 de setembro, onde milhões de brasileiros comemoram o dia em que D.Pedro I proclamou o Brasil como independente de Portugal. Tal proclamação foi feita com o famoso grito “Independência ou Morte!”, às margens do rio Ipiranga, na atual Zona Sul de São Paulo.

O episódio se tornou um dos mais importantes feriados do Brasil, sendo considerado o mais importante símbolo da liberdade e emancipação do povo brasileiro. Ainda assim, a independência do Brasil deveria ser vista apenas como um primeiro passo, e não como a maior conquista para aqueles que almejam a máxima liberdade.

A criação do Brasil

Desde cedo, a independência do Brasil já era vista como insuficiente, haja vista vários movimentos que se rebelaram contra o estado brasileiro. E não somente contra o Império, mas também contra a República (esta última inclusive expandiu o poder do estado).

Movimentos, como a Revolução Federalista, Revolução Farroupilha, Revolta de Canudos e Revolta do Contestado, mostraram que nem todos os brasileiros partilhavam dos mesmos anseios de um Brasil unificado. E desde o início, o estado brasileiro fez questão de reprimir estes movimentos com violência para enviar o sinal ao público sobre o que acontece com quem desafia a unicidade do Brasil.

Mas não foi somente à violência que o estado brasileiro recorreu para manter a unidade artificial do Brasil. E isso ficou ainda mais evidente na Era Vargas, onde o ditador Getúlio Vargas fez questão de criar e incutir a ideia de uma identidade brasileira una e indivisível no imaginário dos brasileiros.

E ele fez isso por meio do estabelecimento do que seria a “cultura brasileira”, chegando até mesmo a proibir os imigrantes alemães de ensinarem o alemão ou qualquer outro idioma que não fosso o português (no dialeto brasileiro, é claro).

Tudo isso para garantir que ninguém suspeitasse de que o Brasil era um mesmo país unido e indivisível, e que toda ameaça a essa pretensa unidade deveria ser tratada como um ato de traição do mais alto grau. Tudo isso foi possível graças ao monopólio que o estado brasileiro teve desde cedo sobre educação, além do forte controle e aparelhamento da mídia e repressão violenta de qualquer voz dissidente.

Tal abordagem foi muito bem sucedida do ponto de vista do estado brasileiro, já que hoje a ideia de uma separação dos estados e até mesmo das regiões do Brasil é algo impensável para a maioria dos brasileiros.

Muito além da Independência do Brasil

Ainda assim, o estado brasileiro não foi capaz de apagar completamente o fervor pela independência. O desejo pela separação do restante do Brasil ainda persiste nos estados onde as memórias do desejo pela separação ainda vigoram, como o Sul do Brasil e de seu movimento, O Sul É Meu País.

Tal fervor é fortalecido pela percepção crescente de que sulistas têm muito mais a ganhar do que a perder se separando do estado brasileiro. Movimentos similares são encontrados também em São Paulo e até mesmo no Nordeste, com o seu Nordeste Independente.

Esse movimento surge do entendimento crescente entre seus aderentes de que os interesses do estado brasileiro são muitas vezes opostos aos seus.

Mas muito além de todos estes movimentos está o maior movimento separatista de todos: o libertarianismo. Tal movimento não se contenta com a independência apenas a nível regional, estadual ou mesmo municipal. Mas visa que a separação aconteça até o nível de cada indivíduo autogovernado e de sua respectiva propriedade.

Mas muito além destes movimentos, está o maior movimento separatista de todos: o libertarianismo. Tal movimento não se contenta com a independência apenas ao nível regional, estadual ou mesmo municipal. Mas visa que a separação aconteça até o nível de cada indivíduo autogovernado e de sua respectiva propriedade.

A luta pela liberdade total

Assim como todos os demais movimentos separatistas, o libertarianismo também estará sujeito a perseguição e repressão por parte do estado. No momento o estado brasileiro pode tratar o movimento libertário como apenas uma excentricidade. Mas na medida em que o movimento ganhar maior proporção e o estado o enxergar como a verdadeira ameaça que ele é ao seu poder, então a perseguição implacável começará.

Os verdadeiros amantes da liberdade precisam tomar desde já ciência da necessidade de libertar o máximo possível das garras do estado aqui e agora. O Leviatã está cada vez mais fechando as brechas para qualquer tentativa de escapar dele, e em meio à crescente percepção de sua tirania, ele irá endurecer ainda mais sua repressão.

Para aqueles que querem entender como é possível alcançar maior liberdade mesmo com a existência do estado, o livro Contraeconomia: Fugindo das Garras Tecnocráticas do Estado, de Samuel Edward Konkin III e Derick Broze, é um ótimo começo.

E se quiser se aprofundar ainda mais no assunto, o servidor do Discord do Universo Libertário (iniciativa da qual a Gazeta Libertária faz parte) é o espaço certo para você.

(Clique aqui para entrar em contato com um administrador do Universo Libertário e saber como entrar no servidor caso não seja familiarizado com o Discord)

Liberdade ou Morte! Feliz 7 de setembro a todos!


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