Macaé Evaristo, nova ministra de Lula, é ré na Justiça de Minas

Com a demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos após as acusações de assédio sexual, o presidente Lula decidiu nomear Macaé Evaristo, até então deputada estadual de Minas Gerais, para substituí-lo. Ao escolher Macaé, uma mulher negra, Lula espera acalmar os ânimos da esquerda progressista, além de evitar que seu governo seja impacto pelo caso de Silvio Almeida.

No entanto, Macaé também possui problemas com a justiça, sendo ré em Minas devido às acusações de superfaturamento de material escolar. Ao que parece, a sina de ter ministros envolvidos em escândalos continua perseguindo o Governo Lula.

Processos na Justiça

O primeiro processo judicial contra Macaé é referente a uma licitação para compra de cerca de 190 mil kits de uniformes escolares, quando ela era secretária de Educação de Belo Horizonte, em 2011, durante a gestão do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB).

Na ocasião, Macaé havia pedido uma licitação para a compra de cerca de 190 mil kits de uniformes escolares. Cotações registradas por órgãos públicos indicavam que os preços máximos eram de R$ 67,51 para o kit com o primeiro modelo e de R$ 77,31 para o segundo. A compra, no entanto, foi fechada com um sobrepreço de R$ 17,20 e de R$ 11,70 por unidade, respectivamente, nos modelos 1 e 2, indicando superfaturamento.

Em 2011, ano da compra dos uniformes, a diferença total de valores foi de R$ 3,1 milhões. Hoje, em valores atualizados, esse total chegaria a R$ 6,5 milhões.

Também era alvo da investigação a empresa vencedora da licitação, a Diana Paolucci S/A Indústria e Comércio, que estava proibida de participar de editais do poder público por supostas irregularidades em contratos com o governo de São Paulo.

Durante o processo, houve um pedido de bloqueio das contas de Macaé e de outros réus, porém a Justiça negou a ação. Convenientemente, os advogados da nova ministra afirmaram que não existe “indício de dolo” e que não há provas de que houve enriquecimento ilícito com a suposta prática, mesmo com a flagrante disparidade entre o preço estipulado e o preço pelo qual os kits foram vendidos ao estado. A defesa, como era de se esperar, também pediu a prescrição do caso.

Além deste caso, Macaé também fez acordos com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para encerrar 13 ações movidas contra ela por improbidade administrativa. Como parte do acordo, a nova ministra pagou à Justiça uma multa de R$ 10,4 mil para finalizar os casos relacionados à gestão dela como secretária estadual de Educação, cargo que exerceu durante o governo de Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018.

O MPMG identificou sobrepreço na licitação para compra de carteiras escolares, mas o acordo publicado não informa detalhes da apuração, como os preços suspeitos de compra. A reportagem de O TEMPO questionou Macaé sobre as ações.

O mais do mesmo da política

A esquerda sempre se vendeu como preocupada com o social e de que, uma vez no poder, alocaria os recursos para o bem-estar da sociedade. Bom, o histórico dos políticos de esquerda parece dizer o contrário, e Macaé é um exemplo disso.

Políticos são os mesmos parasitas de sempre. Sejam eles de direita, esquerda ou centro. São indivíduos que preferem parasitar a sociedade por meio de impostos, e como se não bastassem, superfaturamento, propinas e desvios de verba também. Nem mesmo a falsa promessa de utilizar o dinheiro de impostos apenas para o que é prometido é respeitada.

Além do seu parasitismo, querem impor sua vontade sobre toda a sociedade enquanto censuram qualquer um que discordar.

Por quê Macaé?

A escolha de Macaé por parte de Lula não foi à toa. Lula já vinha sendo cobrado e criticado pela esquerda progressista por não indicar uma mulher negra para algum cargo importante em seu governo. A demissão de Silvio Almeida foi a oportunidade que Lula viu para atender a esse pedido e acalmar os ânimos de parte do seu eleitorado.

Além disso, o escândalo envolvendo Silvio Almeida pode impactar negativamente o governo Lula mais ainda, e colocar uma mulher como substituta de Silvio Almeida como ministra dos Direitos Humanos é uma forma de Lula comunicar ao seu eleitorado feminino que está preocupado com as mulheres.

E de manipulação do eleitorado, Lula entende bem.


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