É preciso algum exercício mental com maior nível de detalhamento para notarmos que os funcionários públicos não pagam impostos.

Os impostos para serem efetivados necessitam do roubo de uma parte do que foi produzido. A partir do momento em que a produção é propositalmente depreciada pelos tributos que o estado coloca sobre os indivíduos, o roubo velado é materializado.

Consideremos que você e seus amigos foram roubados por um grupo de ladrões. Alguns dias depois do crime, você encontra um dos ladrões numa igreja evangélica. O criminoso não te reconhece. Minutos após o culto religioso ser iniciado, chega o momento da oferta. O ladrão entrega para a administração da entidade religiosa uma parte do dinheiro que lhe roubou há alguns dias.

Neste exemplo hipotético, o ladrão não está oferecendo o dinheiro de forma plena, embora ele pratique o ato de doação aparente.

Os funcionários públicos participam de uma dinâmica parecida. Uma parte do dinheiro que as pessoas da iniciativa privada recebem por seus serviços e produtos vendidos, lhe são tirados à força pelo estado.

Esse dinheiro obtido pela força e/ou ameaça de violência financia a estrutura dos trabalhadores do estado. Uma parte daquilo que esses trabalhadores recebem é direcionado aos tributos, gerando a ilusão de que eles pagaram impostos.

O que ocorreu foi apenas uma movimentação financeira maliciosa. O dinheiro dos impostos daqueles que trabalham na iniciativa privada pagaram o salário dos funcionários públicos, e uma parte do salário desses funcionários serviu para pagar outros impostos.

No final do caminho, o dinheiro original simplesmente teve seu trajeto mudado durante o percurso. Os funcionários públicos receberam o dinheiro dos impostos como pagamento de seus salários.

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