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Nessa sexta-feira, um jovem que é funcionário da rede de fast-food Burger King, publicou um vídeo em suas redes sociais onde compartilhou sua indignação por ter sido proibido de ir ao banheiro a ponto de urinar nas calças. O jovem chamado José Vinícius Santos afirmou que foi advertido pelo seu supervisor de que se fosse ao banheiro sem sua autorização receberia uma advertência, e caso insistisse mais duas vezes seria demitido por justa causa.
Quero relatar o inevitável. Eu acabei de mijar, sim, mijar aqui no quiosque. Porque eu não posso sair daqui, porque se eu sair aqui do quiosque eu levo advertência. A segunda vez, eu levo suspensão. E a terceira eu levo uma justa causa
disse José no vídeo
Abaixo você pode conferir o vídeo:
O caso aconteceu em um dos quiosques da empresa que funciona no Shopping Jardins, na capital sergipana. O Ministério Pública do Trabalho de Sergipe (MPT-SE) informou que vai “apurar a eventual ocorrência de ilícitos que tiveram sido transmitidos” na ocasião e que o “procedimento encontra-se em fase inicial e tramita sob sigilo”.
Em nota, o Burger King afirmou ter lamentado o ocorrido e que tomará as providências cabíveis:
“Lamentamos profundamente o ocorrido na última quinta-feira, 18/5, em Aracaju, e reforçamos que não toleramos nenhum tipo de falta de respeito. Informamos que as pessoas envolvidas no caso foram afastadas enquanto apuramos todas as informações. Estamos prestando todo o apoio e acompanhando o colaborador. Temos na nossa cultura a prática do respeito com as pessoas em qualquer ambiente, e não deixaremos de tomar todas as medidas cabíveis.”
Houve delito por parte do Burger King?
Como já dito, o MPT entrará em ação para averiguar o caso. Obviamente, como não cabe ao estado regular nenhuma relação entre trabalhador e empregador (ele sequer deveria existir), não caberá ao MPT interferir nessa questão. O que não significa que o caso não envolva reparação, caso algum lado nessa história tenha descumprindo sua parte no contrato.
O próprio Burger King por meio de seu comunicado informou que o gerente violou as diretrizes das relações trabalhistas dentro da empresa. Sendo este o caso, além da demissão, tanto ela quanto o funcionário estariam legitimados em mover um processo contra o gerente por violar os termos do contrato.
Obviamente o Burger King também pode ter emitido tal comunicado para evitar problemas com o MPT. Neste caso, se ela violou algum termo do contrato, ela estará sujeita à penalidade. Caso não, só podemos entender que foi um caso lamentável que merece repreensão moral, mas não punição.
Ainda assim, essa última possiblidade pode gerar incômodo em muitas pessoas (e com razão) e o receio de que mais situações como essa se repitam ou que sejam frequentes em uma economia sem estado. A grande questão é que uma economia sem intervenção estatal tenderá não ter entraves para empreender ou trabalhar, gerando mais opções de trabalho e renda.
Com mais opções de trabalho – ou até mesmo de autoemprego – casos de empresas abusivas com seus funcionários serão raros, já que as pessoas terão muito mais opções e evitará trabalhar para empresas que não o respeitem.
Uma resposta para “O caso do funcionário do Burger King que urinou nas calças após ser proibido de ir ao banheiro”
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Esse tipo de abuso acontece constantemente com Caixas de Supermercados tanto em redes pequenas, quanto Redes maiores… Necessidades fisiológica é prioridade. As pessoas não podem tomar água como deveriam, porque os caciques das empresas tomam esse tipo de postura… Por mim, em Protesto, Caixas e outros tipos devem mostrar seu poder, uma vez que já estamos vivendo tempos em que as empresas estão sentindo dificuldades de contratar funcionários por baixo salário e ainda menos por falta de Respeito.
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