Praxeologia EP03 | Ação Propositada

Original por: Praxgirl

Na nossa última lição, eu expliquei o método que a Praxeologia utiliza no estudo da ação humana. Eu introduzi o conceito de axiomas e as verdades fundamentais das quais toda a ciência da Praxeologia é derivada.

Nesta lição, eu gostaria de explicar o que a Praxeologia define como comportamento propositado e distingui-lo de todas essas categorias de comportamento humano que podem ser erroneamente incluídas em uma crítica à Praxeologia.

O axioma da ação (ação humana é comportamento propositado) descreve que a consciência do homem visa fins e objetivos. Isso é claramente diferente do comportamento inconsciente do homem, como uma reação involuntária.

Se um médico acerta abaixo do meu joelho e a minha perna mexe, isso é um comportamento inconsciente e fora da esfera de estudo da Praxeologia. Reflexos, ou situações fora do controle do homem como doenças, ou os elementos da natureza que estão além do nosso controle, como o tempo (sentido de meteorologia) são todos fatos que o homem deve levar em conta quando age.

Há situações onde o homem pode obter êxito através da força de sua vontade em superar doenças, ou ele pode compensar deficiências físicas genéticas ou adquiridas, ou ele pode treinar-se para suprimir os reflexos. Na medida em que isso é possível, o campo da ação propositada é estendido.

A Praxeologia estuda a ação, não os eventos psicológicos nos quais resultam em uma ação. Isso distingue a Praxeologia da Psicologia nitidamente. A Psicologia estuda os fatores conscientes e subconscientes que impelem o homem a agir. A Praxeologia estuda a ação per se e não é, portanto, preocupada com os motivos ocultos que a Psicologia estuda.

Portando, os termos “inconsciente” que a Praxeologia utiliza e o “subconsciente” que a Psicologia utiliza são completamente separados porque eles pertencem a dois diferentes sistemas de pensamento e pesquisa.

Quando a Praxeologia utiliza o termo “ação humana”, ela não está somente falando de dar preferência, mas de mostrar preferência. Há situações nas quais o homem pode ter preferência por coisas que são inalcançáveis como o tempo. Por exemplo, John pode preferir um dia claro a um dia chuvoso, pois o tempo está fora do seu controle. O homem que age – escolhe, determine e tenta alcançar um fim.

Se há duas coisas nas quais o homem não pode ter ao mesmo tempo, então ele deve selecionar uma e largar a outra. Portanto, a ação sempre envolve pegar/escolher e renunciar.

Por último, quero explicar que a Praxeologia não distingue ente ação “passiva” e “ativa”. Não há diferença entre um cozinheiro que vai ao trabalho todo dia, ou um desempregado que escolhe ficar em casa ao invés de procurar um trabalho. Se você tem a habilidade de mudar o futuro, não importa se você faz algo ou não, isso ainda é uma ação.

Ação Humana é comportamento propositado, algo que todos nós estamos numa posição de entender e isso é a característica que distingue seres humanos. Isso é o que a Praxeologia estuda.

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