Em um vídeo que anda circulando nas redes sociais, o influencer Monark aparece reclamando dos preços dos produtos nos EUA, além de outras situações. O vídeo se popularizou principalmente entre os perfis virtuais da esquerda política, com muitos comemorando a situação do podcaster.
O vídeo foi disponibilizado pelo próprio Monark no Locals, com o título “Nem tudo são flores”. O vídeo havia sido publicado no dia 11 do mês passado, mas só agora viralizou na Internet. Pelo visto os haters do Monark resolveram pagar para acessar seu conteúdo e matar a curiosidade de saber como andam as coisas com ele na Terra do Tio Sam.
Abaixo, o vídeo em que Monark faz algumas reclamações sobre sua situação nos EUA:
Aqui uma continuação do vídeo:
Além de reclamar dos preços de uma cortina e de outros equipamentos que encomendou para o seu novo estúdio, Monark também afirmou que foi vítima de um golpe ao comprar um carro com problemas:
E como já dito no início do texto, a esquerda vem comentando bastante as coisas que vem acontecendo com o Monark nos EUA, usando o discurso de que o capitalismo é ruim e faz tudo ser caro. E também que o Monark poderia ficar numa boa no Brasil.
Até mesmo alguns canais de esquerda de grande alcance reagiram aos vídeos e comentaram sobre. Dentre eles, o Galãs Feios, Humberto Matos e até mesmo o Meteoro Brasil.
Além de vários internautas esquerdistas nas redes sociais:
Frustração com o “Sonho Americano”?
Uma coisa que muitos dos críticos esquerdistas que estão atacando o Monark dizem, é que ele agora estaria caindo na real sobre o “Sonho Americano”, e entendendo como o capitalismo realmente funciona. Óbvio que tais afirmações são completamente equivocadas.
Em primeiro lugar, Monark em nenhum momento exaltou a situação econômica nos EUA ou o chamado “Sonho Americano”. Como ele deixou bem claro no vídeo, o verdadeiro motivo dele ter saído do Brasil foi para evitar censura e multa. Muitos destes mesmos críticos afirmam que ele fez uma péssima escolha, mas era isso ou ele se calar ou sofrer as consequências. E Monark tomou a decisão heróica de não se deixar calar.
Por outro lado, ainda assim há uma série de equívocos sobre a realidade americana nas afirmações dos críticos esquerdistas. Em primeiro lugar , se por um lado o custo de vida nos EUA é em geral maior que o do Brasil (há estimativas de que seja até mesmo 68% maior), por outro lado a renda lá é em média bem maior que a do Brasil (segundo estimativas, até 4 vezes maior).
O que acontece é que aí temos a lei da oferta e demanda operando: a população americana em média possui uma renda alta o suficiente para se dispor a pagar mais caro por produtos e serviços nos EUA, levando estes mesmos preços a serem mais altos do que seriam no Brasil. Sem falar que é preciso avaliar se são produtos com a mesma qualidade também.
O que deveria ser avaliada é a comparação das proporções entre renda e custo de vida dos dois países para avaliar onde do ponto de vista econômico é mais vantajoso morar. E isso sequer foi tentado pelos críticos esquerdistas do Monark. O máximo que fizeram foi um alarde para fazer crer que o capitalismo necessariamente torna tudo mais caro. Quando a explicação para a situação que Monark encontrou lá é totalmente outra.
No entanto, além do aspecto econômico, muitos brasileiros migram para os EUA, principalmente para alguns estados específicos, tendo em mente outras vantagens. Inclusive muitos tiveram oportunidade de melhoria de vida que provavelmente não teriam no Brasil. Monark foi pego de surpresa pela realidade americana, apenas porque nunca procurou se aprofundar sobre como são os detalhes da vida lá. Ele mesmo já havia ido apenas a passeio, e como já dito, apenas foi morar lá para fugir da censura.
E por último, sobre o golpe que ele sofreu ao comprar um carro quebrado nos EUA, os críticos esquerdistas comentam como se existissem vigaristas apenas nos EUA. Como se esse tipo de coisa não fosse comum no Brasil, onde um idoso comprou um celular pela Internet e recebeu um côco e um refrigerante.
O desespero da esquerda
A utilização do caso do Monark pela esquerda foi apenas um ato desesperado para fazer prevalecer sua visão socialista de mundo. Como já perderam o debate tanto no campo teórico quanto prático (apesar de fingirem que não), a esquerda precisa apelar para o sensacionalismo, exagero e distorção, fazendo os incautos realmente acharem que se o Brasil se tornasse mais capitalista, tudo no país acabaria muito mais caro.
A esquerda só esquece de avisar que no dia que isso acontecer, contanto que não seja por hiperinflação, muito provavelmente será um reflexo do aumento do poder de compra, e consequentemente, uma maior disposição do consumidor brasileiro em pagar mais. A confusão talvez esteja em um entendimento comum de que em uma economia de mercado, a tendência é uma queda de preços.
No entanto isso se dá de forma relativa. Não absoluta. Os preços caem em relação ao passado. Isso não significa que os produtos e serviços em uma economia de mercado possam ser mais baratos do que em uma economia menos livre. No entanto, no primeiro caso além da população tender a ter uma maior renda, ela também dispõe de uma maior diversidade.
Além disso, é preciso destacar que apesar dos EUA, relativamente falando, estar entre uma das economias mais livres do mundo, hoje sua liberdade econômica é cada vez menor em comparação ao passado. Algo que libertários amerianos não cansam de lembrar.
No fim, só podemos concluir que diante do desespero pela impossibilidade de provar a aplicabilidade de suas ideias, só resta à esquerda apelar para exageros e distorções. Mas infelizmente nem nisso serão bem sucedidos além das suas respectivas bolhas.