Em meio à resistência de Elon Musk de sujeitar sua rede social X aos caprichos da União Europeia, os líderes europeus vêm cada vez mais se aproximando do presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva. A ideia é buscar colaboração com o petista no enfrentamento à Musk usando como justificativa o combate às “fake news” e a propagação do “discurso de ódio”.

Devido ao histórico do estado brasileiro no enfrentamento (leia-se: censura) da rede social X, líderes europeus como o presidente francês Emmanuel Macron e com António Costa, presidente do Conselho Europeu vem dialogando com o presidente Lula para saber como lidar com a resistência de Elon Musk em se submeter aos ditames da UE, o que os líderes europeus disfarçam com a desculpa de “defesa de sua soberania”.

A informação foi divulgada primeiramente pelo site Bloomberg e depois traduzida pelo Infomoney no Brasil. Dado o fato do proprietário da Bloomberg, o Michael Bloomberg, ser um político filiado ao Partido Democrata, não é difícil entender por que o artigo do site segue a narrativa da UE sobre o caso. E a narrativa, como já foi dito, é a de que a UE e o presidente Lula iriam tributar e regular as redes sociais para combater as “fake news” e o “discurso de ódio” propagado na plataforma.

Em primeiro lugar, por mais que haja interesses políticos por parte de Elon Musk e sua autopromoção como baluarte da liberdade de expressão faça parte disso, a propagação das fake news parece estar longe de fazer parte de sua estratégia. Uma prova disso é a iniciativa de Musk de incluir as Notas da Comunidade como forma dos usuários verificarem a veracidade das informações postadas na plataforma, onde mesmo pessoas de direita tiveram suas publicações notificadas como fake news.


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Elon Musk entende que por mais que boa parte do público esteja envolvido com fake news ou faça pouco caso da necessidade de verificar a veracidade das informações dos posts no X, outra grande parcela do público realmente se preocupa em verificar os fatos e apenas estava cansada do monopólio das agências de checagem dos fatos que estão em flagrante conluio com o estado.

Sem falar que tais agências estão longe de serem 100% confiáveis ou imparciais, como alguns episódios mostraram.

É possível questionar os reais interesses de Elon Musk em sua luta contra o establishment político. Mas não se pode negar que as Notas da Comunidade foram uma excelente iniciativa de sua parte.

Quanto à ideia de regulação das redes sociais, são apenas uma forma da UE e do governo Lula de censurar e restringir ideias opostas, acusando-as de antemão de “desinformação”. E dada a defesa de Haddad de criminalizar críticas às instituições estatais, já é possível entender qual o real objetivo de tais regulações. As redes sociais mainstream já não se submetem mais ao establishment progressista e social-democrata e seus representantes não vão aceitar isso.

A tributação também se deve aos interesses dos políticos e burocratas, já que tanto a UE quanto o estado brasileiro precisam desesperadamente de cada vez mais impostos para manter seus gastos descontrolados.

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