Na noite desta quarta-feira (10), foi registrado através de câmeras na Câmara Municipal de São Paulo, o início de uma brig entre a vereadora Cris Monteiro (Novo) e Janaína Lima (Novo). Ambas registraram boletim de ocorrência e também foram suspensas pelo partido.

A briga ocorreu durante a votação da Reforma da Previdência municipal, ainda no plenário. O conflito teria sido provocado por conta do tempo de fala ao microfone que cada uma teria, segundo Janaína.

Confira o vídeo abaixo:

As imagem mostram início do desentendimento das duas vereadoras atrás da Mesa Diretora da Casa. Depois, as vereadoras descem a escada, com Cris Monteiro colocando a mão sobre o ombro de Janaína, que tenta se afastar. Já no plenário, Cris tenta segurar Janaína contra a parede, e ela tenta se afastar de novo. Em seguida vão em direção à saída do plenário e saem pela porta de vidro.

Vereadora Cris Monteiro (Novo) divulgou em suas redes sociais os ferimentos que sofreu durante a briga com a colega de partido

Cris divulgou fotos com os machucados no pescoço e afirma que foi empurrada contra a parede do banheiro da Câmara e agarrada pelo pescoço, até cair no chão.

Janaína nega ter agarrado a colega pelo pescoço e diz que “só tentou se defender das agressões sofridas.”

Segundo o gabinete de Cris Monteiro, durante uma discussão entre as parlamentares no plenário, ambas entraram no banheiro e, dentro do espaço, começou uma acalorada discussão, onde ela afirma ter sido esganada.

As vereadoras Cris Monteiro e Janaína Lima, do Partido Novo, que se agrediram no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo na noite de quarta-feira (10).

A parlamentar mostrou fotos em que está com marcas roxas visíveis no pescoço, e disse também que machucou o joelho na queda e teve escoriações. Cris informou que possui alopecia e teve sua peruca arrancada e pisoteada por Janaina durante a briga.

A versão de Janaína Lima

Marcas da agressão que a vereadora Janaína Lima (Novo) diz ter sofrido da vereadora Cris Monteiro, do mesmo partido.

A vereadora Janaína Lima afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que é falsa a tentativa de estrangulamento e diz que a confusão entre as duas parlamentares do Partido Novo começou ainda no plenário, quando Cris Monteiro não quis aceitar o acordo da bancada que dava a ela 15 minutos de discurso.

Segundo Lima, ainda no plenário, ela havia sido empurrada pela colega nas escadas e que, no banheiro da Câmara, a situação ficou insustentável e ela só tentou se defender das agressões sofridas pela companheira de partido, agindo totalmente em legítima defesa. Em suas redes sociais, Janaína também mostrou as marcas da agressão que sofreu.

No boletim de ocorrência, a vereadora afirma que foi agarrada pelos braços e empurrada no banheiro, ficando com os braços presos na parede, o que causou lesões aparentes na parte inferior.

Após a fala dos relatores, ela seria a primeira a falar, então, realmente, foi um ato de infantilidade. Nesse momento ela tenta justificar seu ato pronunciando calúnias ao meu respeito. Todo o meu ato foi de legítima defesa, tenho vídeo, tenho provas, vim na Justiça, fiz um boletim de ocorrência, corpo de delito e estou com a verdade

Disse Janaína Lima em entrevista ao SP2.

A vereadora também afirmou que pretende levar o caso à Justiça e vai pedir que o Partido Novo em São Paulo tome providências internas sobre o ocorrido.

A votação para a Reforma da Previdência

O texto da Reforma da Previdência foi aprovado na madrugada desta quinta (11), em segunda e definitiva votação. O projeto de emenda à Lei Orgânica (PLO) recebeu 37 votos favoráveis e 18 contrários.

A sessão foi marcada por brigas e discussões entre parlamentares do governo e da oposição, no plenário, e também por confronto do lado de fora da Casa entre servidores que se manifestavam contra a reforma, guardas civis e policiais militares.

Os manifestantes jogaram ovos, garrafas e mastros de bandeira contra o prédio da Câmara, e os guardas revidaram com balas de borracha. Uma mulher fraturou a perna durante a ação da Polícia Militar e da GCM.

A confusão levou o projeto a ficar pendente de votação na primeira sessão, ou seja, não atingiu o número mínimo para ser aprovado ou rejeitado, só tendo o resultado decidido na segunda sessão, onde o PL obteve os 37 votos necessários para a aprovação.

Segundo a PL, os cerca de 63 mil aposentados que ganham mais que um salário mínimo (R$ 1.100) passam a contribuir com a Previdência Municipal com uma alíquota de 14%. Na atual regra do município, o percentual só é descontado de quem ganham acima de R$ 6.433.

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