A alta de preços nos alimentos é uma das maiores preocupações dos brasileiros neste momento e também é responsável pelo aumento de insatisfação contra o governo Lula. Diante disso, o governo petista vem procurando formas de atenuar a situação, cogitando até mesmo reduzir os impostos sobre a importação de alimentos. Por mais que isso seja um bom ponto de partida para resolver a situação, ainda está longe de ser o suficiente.

Somente um livre mercado genuíno será capaz de resolver tal situação, na medida em que todas as barreiras que impedem a redução dos preços pela oferta e a demanda são eliminadas.

Preços dos alimentos em alta

A alta generalizada dos preços dos alimentos (erroneamente chamada de “inflação”) é uma das maiores preocupações dos brasileiros neste momento (se não há maior). Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), alimentos e bebidas registraram alta de 7,69%, 4,83% acima da média nacional da alta de preços em geral. Isso significa que os alimentos, os itens mais essenciais para a população, foram os mais atingidos.

Entre os alimentos que mais tiveram alta em seus preços estão as carnes (1,93%), frango (1,99%) e alface (1,15%) que seguiram o viés de alta que apresentaram em 2024. Além disso, cebola (4,78%) e tomate (17,12%) também tiveram aumento de preço após registrarem quedas expressivas.

As causas da alta dos preços

Apesar das várias explicações dadas pela mídia para tal aumento dos preços, como o clima extremo, com muito calor, seca prolongada e enchentes que afetaram o sul do país, além também de doenças que estão afetando os pomares, isso tudo está longe de ser a explicação decisiva. A destruição do poder de compra dos brasileiros devido à desvalorização do real é o principal fator por trás do aumento relativo dos preços dos alimentos.

A última impressão de dinheiro por parte do Banco do Brasil, que entrou no mercado por meio de crédito artificialmente baixo subsidiado pelo governo Lula, está começando a mostrar agora seus efeitos destrutivos. Tal aumento da oferta monetária somada a uma elevada demanda e oferta limitada de produtos levou a um aumento generalizado dos preços destes mesmos produtos.

Desespero do governo Lula

O aumento generalizado dos preços dos alimentos vem indignando os brasileiros contra o governo Lula, que havia prometido baratear o preço dos alimentos. Apesar de nenhum político ou qualquer agente estatal ser capaz de tal feito, sendo que o máximo que podem fazer é deixar a economia livre para corrigir isso, não deixa de ser verdade que Lula é o responsável por tal situação.

Afinal, ele, quem teve a iniciativa de subsidiar crédito artificialmente baixo por meio de dinheiro impresso, aumentou a oferta de dinheiro perseguindo uma oferta reduzida de produtos. Em um primeiro momento, para os primeiros recebedores, parecia uma maravilha, até essa política enganosa mostrar sua verdadeira face por meio da alta dos preços.

Diante da queda de sua popularidade, o presidente Lula vem procurando desesperadamente por maneiras de resolver a situação. Ele até mesmo cogitou a possibilidade de reduzir os impostos sobre as importações de alimentos. Apesar de ser uma grande ajuda, ainda será insuficiente. Sem falar que ela é apenas cogitada por Lula. Não há garantia de que ele tomará tal medida.

Por sorte, Lula declarou que não tomará as já conhecidas medidas economicamente irracionais já conhecidas, como controle de preços. Entretanto, ele vem se reunindo com os varejistas e produtores para tentar negociar o barateamento dos preços dos alimentos. Como político que é, Lula desconsidera que o barateamento dos preços se dá no mercado, pela oferta e pela demanda.

Os produtores e varejistas estão vendendo os alimentos pelo preço mais vantajoso para eles, dada as condições do mercado. E se eles não pudessem lucrar com tais preços, a situação seria ainda pior, já que eles não teriam fluxo de caixa para manter a produção ou compra e revenda de tais produtos.

Além disso, os preços altos sinalizam aumento na demanda por determinados produtos. Isso leva a uma maior produção destes, o que leva a um aumento de sua oferta e consequentemente uma queda nos seus preços mediante a concorrência. Isso caso haja um livre mercado para tal, é claro.

No entanto, Lula não está interessado no genuíno livre mercado. Em vez disso, ele pretende subsidiar produtores agrícolas com crédito artificialmente barato. O que levará a mais um boom econômico artificial seguido pela retomada da situação atual. Talvez até pior.

O que realmente deve ser feito

Como já dito, a verdadeira solução para a alta dos preços dos alimentos é um livre mercado genuíno. E para isso ocorrer, todas as barreiras que impedem tal livre mercado devem ser removidas. A começar pelos impostos, que restringem o poder de compra dos consumidores e também a produção dos bens. Afinal, quanto mais dinheiro há para se pagar em impostos, menos há para se investir em produção, inclusive em maquinário.

Além disso, todos os custos trabalhistas impostos coercitivamente também devem ser removidos, já que estes também comprometem a produção.

Outro ponto importante é a abolição do curso forçado da moeda, permitindo que os consumidores e vendedores escolham qual moeda usar em suas negociações. Isso permitiria que apenas as moedas mais fortes sem o monopólio do estado fossem selecionadas, os indivíduos não corressem o risco de terem seu poder de compra destruindo pela inflação da moeda causada pelo estado.

E por fim, é claro, o fim de todas as restrições comerciais com estrangeiros. Uma verdadeira livre concorrência a nível internacional levaria a uma queda cada vez maior dos preços dos alimentos ao mesmo tempo, em que os consumidores teriam uma ampla oferta destes bens à sua disposição.

Um caminho improvável

Mas, se tratando do estado, ainda mais do governo Lula, é muito pouco provável que tais medidas sejam tomadas. No entanto, é este o caminho que de fato levaria não somente ao barateamento dos alimentos como de todos os demais produtos do mercado.



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