Até mesmo os teóricos comunistas admitem o capitalismo como o sistema econômico que mais trouxe prosperidade material à humanidade. Não foi por coincidência que, mesmo Marx, ousou “profetizar” o comunismo como o passo a ser dado após o ponto máximo do materialismo societal, este por sua vez estaria presente no auge do desenvolvimento capitalista, o que fora ignorado por Lênin[1].

Mais um reflexo dessa “aceitação” que paira os principais teóricos comunistas, houve o NEP[2], capítulo importante da história da antiga União Soviética de Lênin — “coincidentemente” pouco abordado entre as massas de manobra.

O primeiro e crucial elemento dessa notável prosperidade, consiste, sem dúvidas, na liberdade de empreender e realizar trocas voluntárias[3]. Por outro lado, isto não basta para justificar o capitalismo como um enorme sucesso econômico mundial — sendo esta última afirmação não passível de negação coerente nem mesmo dentre seus mais inteligentes opositores. Tal justificativa parte da globalização, “fenômeno” que passou a ganhar notoriedade a partir da primeira revolução industrial.

Este outro elemento será o objeto de estudo fundamental deste artigo. Portanto, o presente trabalho será realizado em três partes: Primeiramente, partindo de argumentos teóricos já abordados por outros autores — sendo as maiores referências intelectuais os economistas austríacos — explicados e aplicados em exemplos escolhidos por este autor, de forma a estudar o fenômeno. Em segundo, e como parte diferencial deste estudo, serão apresentados argumentos apontando essa grande força do capitalismo, bem como seu maior ponto fraco. Por fim, serão propostas contramedidas para casos em que, o que virá a ser exposto na segunda parte, volte a se tornar uma realidade.

[1]Del Roio, M. Lênin e a Transição Socialista. Londrina: Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/revista3aedicao/lr3-6-delroio.pdf>. Acesso em 28 set. 2019.

[2] Hoppe, H. H. Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo, São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2013, p. 24.

[3] Rothbard, M. N. O que é o Livre Mercado? Mises Brasil. Disponível em: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=52>. Acesso em 28 set. 2019.

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