Na madrugada de segunda-feira (29), foi anunciado o resultado das eleições na Venezuela. À semelhança de outras nações que se autodenominam bastiões do socialismo — como República Popular Democrática da Coréia do Norte, na República de Cuba, República Socialista do Vietnã, a República Popular da China e a República Democrática do Laos — possui uma Constituição que prescreve eleições livres, populares, diretas, universais e secretas para a escolha de seu presidente. No entanto, a realidade prática desmente tais preceitos.
Em todos esses países, os nomes oficiais ostentam os adjetivos “Populares” e “Democráticos”, e proclamam-se “Repúblicas”. Contudo, o que transparece nos seus pleitos eleitorais são práticas de corrupção, fraude e agressões a opositores.
Os padrões dessas pseudo-eleições são idênticos, e foi exatamente isso que se repetiu no último domingo na Venezuela. Relatos de jornais indicaram que a contagem oficial dos votos foi sabotada por um suposto “ato terrorista”, informações eleitorais de várias zonas não foram transmidos para a central de apuração. Candidatos opositores com chances reais de vitória foram barrados nas inscrições, militantes do governo provocaram confrontos contra votantes da oposição sem intervenção policial, fiscais foram obstruídos de monitorar a contagem, e, misteriosamente, várias atas desapareceram. Observadores internacionais foram impedidos de acessar os locais de votação, e uma delegação europeia foi barrada.
Os dados oficiais apontaram que Nicolás Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% de Edmundo González, da oposição, após 11 anos no poder desde a morte de Hugo Chávez em 2013.
Apesar das evidentes irregularidades, Maduro ainda contou com o apoio de figuras internacionais, como Kamala Harris e Lula mostraram apoio a Maduro, com o ex-presidente Lula enviando Celso Amorim como observador, que notou a eleição como “tranquila”. As declarações dos observadores externos, como a de Celso Amorim, minimizaram as falhas, celebrando a suposta “tranquilidade e alta participação”. Enquanto isso, MST fez uma manifestação em Brasília prestando “apoio moral” ao ditador Maduro.
O socialismo representa o apogeu do estado em sua forma mais opressiva. Termos como democracia, república ou popular são meras cortinas de fumaça, utilizadas para ocultar a verdadeira intenção de dominação e para favorecer tiranos como Maduro, Lula ou Kamala Harris.
Como lembra Murray Rothbard:
“o estado é uma organização criminosa coerciva que subsiste através de um sistema regularizado de imposto-roubo em grande escala e que sai impune ao manipular o apoio da maioria (e, repetindo, não de todos) ao assegurar uma aliança com um grupo de intelectuais formadores de opinião, os quais são recompensados com uma parcela de seu poder e de sua pilhagem”
Dessa forma, o que testemunhamos na Venezuela é a vitória da fraude, do engano e da violência, perpetuada por indivíduos inescrupulosos que estão alinhados com o mesmo projeto de poder. Esses canalhas aplaudem Maduro agora, esperando que sejam ovacionados da mesma maneira no futuro. A verdadeira tragédia é a contínua destruição da liberdade e do bem-estar da população, vítimas de um regime que despreza a justiça e a verdade.
Se você quer ler a versão em inglês deste artigo publicado no site do Mises Institute, clique aqui
Sobre o autor:
Isaíais Lobão é professor de história e teologia. Casado com Talita, pai da Ana Clara e do Daniel. Presbiteriano. Gosta de pamonha de sal e de escutar músicas dos anos 1970. Visite seu site: http://isaiaslobao.com.br