Na última quinta-feira (18), o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) anunciou o congelamento dos gastos do governo previstos para este ano em R$ 15 bilhões. A medida surpreendente foi devido à necessidade de cumprir com as metas do Arcabouço Fiscal. Segundo Haddad, os gastos já estavam crescendo acima da arrecadação.

Mesmo que tal decisão seja uma alternativa superior à típica gastança dos governos petistas, isso continua longe do ideal. Se Haddad realmente quisesse aliviar o fardo para os brasileiros, ele não apenas cortaria os gastos do governo. Ele os eliminaria.

Arcabouço fiscal na corda bamba

O Arcabouço Fiscal foi a forma que Haddad idealizou para tentar chegar a um equilíbrio entre o desejo por mais gastos, típico dos governos petistas, e a preocupação de investidores com as contas públicas do estado. A promessa de Haddad é de que haveria pesos e contrapesos que garantiriam que haveria arrecadação suficiente para custear os programas do governo, enquanto manteria os gastos equilibrados com os valores arrecadados.

No entanto, algumas brechas previstas no próprio arcabouço, somadas à fome de Lula por mais gastos, revelaram que o arcabouço de Haddad não passava de um embuste. Um verdadeiro “Calabouço Fiscal”. Vendo a popularidade de Lula derreter frente ao mercado, Haddad resolveu tomar uma medida que com certeza deve ter dado o que falar nos bastidores do PT.

Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de consultoria ligado ao Senado, as receitas do governo cresceram 8,5% acima da inflação de janeiro a junho. No entanto, as despesas cresceram mais: 10,5%. Receoso de que o governo Lula perdesse apoio dos investidores, Haddad resolveu escolher uma medida drástica para os padrões do PT: congelar os gastos.

Com essa medida, Haddad pretende acalmar os ânimos dos investidores e assegurar a popularidade de Lula frente ao mercado.

Não é suficiente

Ainda que o congelamento dos custos do governo seja uma alternativa melhor do que a típica gastança dos governos petistas, continua longe do ideal. Os gastos do governo já são altos, e enquanto existir, o governo terá como pretexto arrecadar cada vez mais impostos, imprimir mais dinheiro e contrair mais dívidas. E no fim, os brasileiros irão ter que arcar com esses mesmos custos.

Se Haddad realmente se preocupasse com os brasileiros, faria bem mais que o congelamento de custos e os aniquilaria de vez. Coisa que ele não irá fazer, já que preza pelo seu cargo e pela continuação do populismo do Governo Lula.


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