Segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o real sofreu uma perda de quase 50% do seu poder de compra em dez anos. Tal fato vem se refletindo no aumento dos preços dos produtos, que preocupa cada vez mais os brasileiros.

Ainda segundo o instituto, a desvalorização do real devido a inflação, está em aceleração. De acordo com o Insper, de janeiro de 2012 a maio de 2022, a inflação acumulada chegou a 47%. Isso significa que — levando-se em conta os preços atuais — uma pessoa que possuísse R$ 100 há 10 anos, teria apenas R$ 53,07 deste valor em real.

Como os economistas da Escola Austríaca já explicaram tantas vezes, a inflação consiste na expansão da oferta da moeda sem aumento de riqueza correspondente. Como efeito, a moeda em questão sofre desvalorização do seu poder de compra por unidade monetária.

Isso ocorre na medida em que entra no mercado, com os primeiros recebedores do dinheiro extra tendo vantagem na frente dos últimos recebedores, antes que o dinheiro desvalorize.

O próprio Banco Central do Brasil (BACEN) havia aumentado a base monetária do país em 50% em 12 meses entre 2019 e 2020! Tal medida foi feita com a intenção de fornecer dinheiro para ajudar os governos com os impactos do covid (na verdade do fechamento de comércios com intuito de combate a ele).

No entanto, como dito mais acima, tal medida mais cedo ou mais tarde iria cobrar o seu preço, já que a impressão de dinheiro per se não garante construção de riqueza, muito pelo contrário.

A situação foi agravada devido a paralização da economia imposta pelo estado visando mitigar a propagação do covid, o que na verdade teve pouco efeito significativo e apenas estagnou mais ainda a economia no país, que já não andava muito bem.

A moeda fiduciária não é apenas uma ferramenta estatal para expropriar mais ainda a população, mas também é algo já fadado ao fracasso como meio de troca. Somente uma adesão a moedas fortes – como moedas lastreadas em ouro ou criptomoedas, como o Bitcoin – poderiam salvar o poder de compra dos indivíduos e trazer de volta sua liberdade econômica roubada.

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