Para aqueles menos incautos, sempre ficou claro que Lula acenava com a esquerda progressista apenas para “engrossar o caldo” do seu eleitorado. E uma vez eleito, ele passaria a prestar favores a quem realmente interessa: políticos conchavos e empresas amigas.

Porém esse fato vem desagradando a esquerda progressista. Um exemplo disto, é um artigo da BBC – famoso site jornalístico de viés progressista – onde Lula é criticado por suas políticas “antiambientais”.

No artigo intitulado ‘Os Projetos ‘Antiambientais’ no Governo Lula’, o colunista da BBC Leandro Prazeres aponta projetos do governo Lula que vão na contramão das pautas ambientalistas mais radicais. Dentre os projetos citados, estão a pavimentação da BR-319, exploração de petróleo na região da foz do Rio Amazonas e o complemento das obras da Ferrogrão.

Projetos “antiambientais” de Lula

O primeiro caso apresentado é o da BR-319, que é uma rodovia federal que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A obra tem aproximadamente 880 quilômetros e corta o interflúvio dos rios Purus e Madeira. É uma das regiões mais preservadas da Amazônia.

Militantes ambientalistas e cientistas (também ambientalistas) afirmam que a obra pode levar ao desmatamento sem controle da região. Eles afirmam que isso pode levar ao “efeito espinha de peixe”. O processo consistiria na abertura de pequenas estradas vicinais conectadas à rodovia central e que servem para viabilizar o desmatamento da área.

Outro projeto “antiambiental”, é a exploração de petróleo na região conhecida como foz do Rio Amazonas. Segundo os ambientalistas a região é extremamente sensível e os impactos da exploração de petróleo na área ainda são desconhecidos.

Apesar das críticas dos ambientalistas do Greenpeace, a Petrobrás mantém o projeto como sua prioridade. Segundo Jean Paul Prates, indicado por Lula para a presidência da Petrobrás, a estatal pretende prosseguir com os planos na Margem Equatorial.

“Planejamos um futuro promissor na Margem Equatorial nas regiões Norte e Nordeste”

disse Prates, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.

O outro projeto “antiambiental” é a EF-170, conhecida como Ferrogrão. Consiste em um projeto de ferrovia que liga o município de Sinop, em Mato Grosso, a Miritituba, no Pará.

A ideia do projeto é escoar a produção de grãos do norte mato-grossense em direção ao Rio Tapajós. De lá, ele seguiria em barcaças até Barcarena, no Pará, e daí para o exterior em navios.

Por enquanto a obra ainda não foi iniciada, já que a concessão para iniciá-la foi suspensa temporariamente por ordem de Alexandre de Moraes. A decisão foi feita a pedido do PSOL, que afirma que o projeto poderia afetar a Floresta Nacional do Jamanxim. Segundo o PSOL, a região já é afetada pelo desmatamento e pelo garimpo “ilegal”.

Além disso, o projeto enfrenta a oposição de grupos indígenas, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo tais entidades, nenhuma consulta foi feita com as populações locais para saber como elas poderiam ser afetadas.

Leia também: Lula e PT nunca se importaram com a causa indígena

Será que a ficha está caindo agora?

Pelo visto alguns progressistas já estão acordando para a verdade: Lula, como qualquer outro político, vende promessas apenas para se eleger. Na hora H, suas decisões estarão alinhadas com a base que realmente poderá dar apoio ao seu governo.

E não se enganem com a legenda política, uma das maiores bases dos governos sempre serão as empresas apadrinhadas. Diferente dos utópicos ambientalistas, Lula sabe que uma preservação radical do meio ambiente comprometeria a economia.

Lula sabe que mesmo as medidas populistas que ele pretende aplicar para manter sua máscara de “Pai dos Pobres”, precisam de uma economia minimamente funcional para serem viáveis.

Aos poucos, progressistas estão percebendo que não passaram de idiotas úteis à Lula e ao PT. Algo que aqueles que entendem de política já sabiam desde o início.

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