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Artigo escrito por Henrique Tancredo
O economista Peter St Onge afirma que a atual crise bancária é maior do que a turbulência financeira de cerca de 15 anos atrás e ainda está longe de acabar. Em um novo vídeo, St Onge destaca que o impacto no setor bancário já superou a Crise Financeira Global de 2008 em termos de ativos eliminados. Ele acredita que os investidores devem se preparar para mais colapsos, mesmo que o Federal Reserve diga o contrário.
Poucas horas após o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmar que o sistema bancário dos EUA é “sólido e resiliente”, o importante banco regional PacWest sofreu uma queda de mais de 50% no mercado de balcão. Com o colapso do First Republic na semana anterior, a crise bancária de 2023 superou oficialmente a de 2008, e St Onge aponta que ainda há mais por vir neste “sistema bancário muito sólido e resiliente”.
O economista acredita que o colapso do First Republic e de outros bancos seja apenas a ponta do iceberg. Usando a crise bancária de 2008 como referência, St Onge prevê que centenas de bancos falirão nos próximos 12 meses, à medida que a economia sofra os efeitos das agressivas altas nas taxas de juros promovidas pelo Federal Reserve no último ano.
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Segundo St Onge, as primeiras falências são apenas o começo, um prelúdio aterrorizante para uma extinção em massa de bancos. Em números brutos, os 25 bancos dos EUA que faliram em 2008 foram seguidos por 440 bancos nos quatro anos seguintes, uma média de 110 bancos por ano, em comparação com dois por ano antes da crise. Ele afirma que ainda não começamos a ver o que está por vir.
As altas nas taxas de juros normalmente levam de 12 a 18 meses para afetar a economia, e estamos apenas seis meses após o início desse processo. Comparando com a crise de 2008, St Onge acredita que a tempestade real ainda demorará um ano para chegar, e o que estamos vivenciando agora são apenas os primeiros ventos de um furacão iminente.
Para mais informações veja esse vídeo:
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