O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PCdB), afirmou que deveria receber algum tipo de adicional de periculosidade ou de insalubridade, por exercer seu cargo. A declaração do ministro foi feita nesta quarta-feira (22) durante o Fórum Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Debates.

deveria receber algum tipo de adicional, senão de periculosidade, de insalubridade, porque os temas são muito variados e permanentemente em crise”]O ano começa com do 8 de janeiro e termina com o caos da Seleção Brasileira, o que me angustia profundamente, evidentemente. E não pensem que ontem eu vi o jogo Brasil e Argentina. Eu vi o caos da segurança no estádio. Então, realmente, o ministro de Justiça e Segurança [Pública] deveria receber algum tipo de adicional, senão de periculosidade, de insalubridade, porque os temas são muito variados e permanentemente em crise

Flávio dino

Ainda segundo o ministro, é como se existisse uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Esplanada dos Ministérios.

“Eu não preciso ir até as crises, elas vêm até mim, porque elas desfilam na Esplanada e a porta que elas acham para entrar é o Ministério da Justiça. Elas entram lá e se instalam. E claro que isso demanda o esforço permanente de enfreamento das emergências”

afirmou Dino

Alvo de acusações

O ministro também teve como seu último desgaste a polêmica envolvendo a visita da “Dama do Tráfico” à sede do Ministério da Justiça. O ministro reiterou várias vezes que não tinha conhecimento de que ela era casada com um líder do CV no AM, e que também não tem ligação com nenhuma facção criminosa.

Ainda assim, o ministro continua alvo de suspeitas e acusações por parte da oposição desde que conseguiu o feito de ter entrado no Complexo da Maré com relativa facilidade, sem resistência da facção local.

Na mira de um pedido de impeachment

O ministro também é alvo de um pedido de impeachment que foi protocolado por um grupo de deputados na última quarta-feira. Como justificativa para o pedido, os deputados apontaram a ausência do ministro em mais de duas convocações para prestar esclarecimentos na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Após faltar às duas últimas convocações, Dino atendeu ao pedido de Lira e compareceu à terceira. No entanto informou à Lira que não se sente seguro na Câmara dos deputados, pois acredita que possa ser alvo de agressão ou de até mesmo um atentado à sua vida. Os deputados da oposição por sua vez dizem estar admirados pelo ministro da Justiça temer por sua segurança enquanto recebe na sede de seu ministério a esposa de uma das facções criminosas mais temidas do Brasil.

Tá difícil para o Dino?

Mesmo recebendo um salário confortável garantido pelos impostos pagos por aqueles que realmente produzem, e tendo serviços de segurança garantidos pelo estado à sua disposição, Flávio Dino se diz inseguro e insatisfeito com sua situação. Enquanto isso, brasileiros continuam à mercê do crime e da violência, que Flávio Dino como ministro da Justiça e Segurança deveria supostamente combater.

Enquanto Dino se preocupa com improváveis agressões ou atentados à sua pessoa, brasileiros continuam apenas com a promessa vazia de segurança que o estado brasileiro jura ser capaz de garantir. O que a cada dia que passa (especialmente no caso da Bahia) fica claro não ser o caso.

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