A política de pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas pela Petrobrás divide vem gerando um verdadeiro acirramento entre a base do governo Lula de um lado e analistas de mercado e investidores do outro. Dividendos extraordinários são como são chamados os dividendos com valores acima do mercado.

De um lado, a base do governo Lula defende redução valor pago em dividendos aos acionistas e ampliação de investimentos em projetos (ou seriam gastos?). Do outro, analistas de mercado e invetidores defendem a manutenção do valor dividendos pagos aos acionistas e redução de gastos em projetos não lucrativos.

A falácia da esquerda de confundir gasto com investimento

A base do governo Lula, representada principalmente pela presidente do PT, Gleisi Hoffman, segue com sua velha falácia de confundir gasto com investimento. Ela sempre tenta vender a falsa ideia de que todo gasto do governo necessariamente trará retornos. E é clato, durante o período de grandes gastos públicos é possível gerar um boom artificial, criando diversos empregos temporários.

No entanto, tal boom não pode durar pra sempre. E mais cedo ou mais tarde vai se revelar como um aglomerado de maus investimentos que desperdiçaram recursos que poderiam ter sido destinados a empreendimentos mais rentáveis. Empreendimentos estes, que refletiriam de fato as demandas mais urgentes dos consumidores.

E foi exatamente o que aconteceu durante o último governo Dilma.

Mas óbvio que o governo Lula não está preocupado com o bem estar dos brasileiros. Sua preocupação maior é criar um boom artificial e com isso vender a falsa ideia de que a economia está indo bem. Qualquer coisa, é só ele colocar a culpa no mercado. Se perder a próxima eleição, é só colocar a culpa na gestão do sucessor.

Os dividendos extraordinários se justificam?

Os defensores do pagamento de dividendos extraordinários argumentam que os valores altos pagos aos acionistas atraem investimentos para a Petrobrás. Aém disso, eles também afirmam que os valores pagos acima do mercado compensam os altos riscos existentes no Brasil.

De um ponto de vista puramente empresarial, tal raciocínio está correto. No entanto, isso não nos impede de fazer uma crítica contudente a gestão da Petrobrás e propor uma solução definitiva para os problemas que envolvem a estatal.

A Petrobrás precisa acabar

Mesmo que a Petrobrás não sejam mais 100% uma empresa estatal, o estado brasileiro ainda é seu acionista majoritário, detendo cerca de 28% da empresa e sendo o principal tomador de decisões da compainha. Isso permite ao governo brasileiro embolsar quantias volumosas de lucros por meio dos dividendos extraordinários, que já chegam a R$ 6 bilhões este mês.

No entanto, importante lembrar de onde o estado brasileiro retira o dinheiro para investimentos da empresa: isso mesmo. Os impostos pagos pelos brasileiros. E como não canso de dizer aqui, imposto é roubo!

Ao desperdiçar os lucros fazendo politicagem e compra de apoio político, o estado brasileiro precisa ficar sempre tributando a população para ter dinheiro para investir e com isso obter mais receitas com a compainha.

Sobre a questão dos dividendos, de fato os acionistas tem direito de esperar retornos uma vez que fizeram investimentos. No entanto, toda estrutura que compõe a Petrobrás é advinda do dinheiro dos impostos pagos por milhões de brasileiros. Grande parte destes nem estando mais entre nós.

A decisão mais justa a ser feita seria liquidar a Petrobrás e indenizar todas estas pessoas. Ou mantê-la, contanto que cada pagador de impostos tenha direito a sua parte correspondente da empresa.


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