Após o presidente Lula aumentar a inflação do Brasil via expansão da oferta monetária, ele resolveu também defender o controle sobre os preços dos alimentos, acreditando que com isso irá barateá-los. As declarações do petista foram feitas durante uma entrevista à Rádio FM O Tempo, na última sexta-feira, 28.

Com tal ideia em mente, o petista acredita que com isso irá resolver o problema que ele mesmo criou enquanto apela para uma “solução” que irá piorar tudo.

No entanto, desta vez, Lula não pretende recorrer ao velho conhecido controle de preços via decreto, o que impediria os produtores de se guiarem pela demanda dos consumidores. Além de afetar seus lucros. No entanto, sua proposta é igualmente problemática, já que ainda assim causaria distorções nos preços do mercado.

Lula citou, por exemplo, a importação de arroz para derrubar o preço do produto no país. O problema é que tal importação está sendo feita de maneira totalmente errada, com o estado subsidiando a importação e distribuição do produto, ao invés de simplesmente isentar a importação, bem como a produção doméstica, de todos os impostos.

No lugar disso, Lula fará os pagadores de impostos subsidiarem a importação. E ele já pensa em fazer o mesmo com a produção doméstica.

Lula também comentou sobre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e afirma que ela passou a contar com estoque de alimentos para que parte seja utilizada quando o preço de determinado produto estiver em alta.

Como se sabe, a Conab compra alguns alimentos na baixa, para revendê-los na alta. O governo afirma que faz isso para garantir um “equilíbrio de preços”, o que o grande economista Ludwig von Mises já mostrou ser uma fantasia típica de governantes que nada entendem de economia.

Tal abordagem ignora os custos e implicações invisíveis de tal procedimento.

Em primeiro lugar, ao entrar como comprador, utilizando, é claro, dinheiro de impostos, o estado estimula a superprodução, que demandará a compra por parte do governo para comprar os excedentes da produção. Isso literalmente cria um mercado artificial focado em produzir e vender quase exclusivamente para o governo.

Em segundo lugar, o dinheiro que o estado utiliza para comprar tais produtos são advindos dos impostos, que são basicamente dinheiro ROUBADO dos indivíduos. Com isso, esses mesmos indivíduos ficam privados de usarem tal dinheiro com o que bem entenderem.

Mas os problemas não param por aí. Uma vez que estes mesmos produtos são revendidos pela Conab a produtores cadastrados, suas vendas são subsidiadas também pelos pagadores de impostos, para que eles possam vender a preços baixos sem ter prejuízo.

Lula também comentou sobre a cesta básica de alimentos, que é um dos debates da regulamentação da reforma tributária. No projeto, os parlamentares discutem quais alimentos terão imposto zerado.

Lula afirma que se “preocupa” com os pobres, e que nenhum alimento que eles comam seria taxado. Com base em tal premissa, ele resolveu taxar as carnes nobres, alegando que somente ricos as comiam. Com isso, a promessa de Lula de que o pobre comeria picanha foi deixada para trás.

Aumentar a taxa sobre os mais ricos, principalmente a classe média, faz parte do modus operandi populista e demagogo de Lula, baseada na velha tática esquerdista de demonizar os mais ricos, os punindo via mais impostos. Como se enriquecer, mesmo pelas vias honestas, fosse crime. Ao menos parece ser neste país.

E se Lula realmente se preocupasse com os mais pobres, ele isentaria todos os alimentos, inclusive os importados, de todos os impostos. Mas sabemos que ele não fará isso, já que ele precisa de sua parte, bem como comprar apoiadores e fazer seu velho populismo de sempre.


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