A impressão de moeda pelo estado leva à expansão da base monetária que, como consequência, desvaloriza cada unidade de dinheiro. Como a função primordial do dinheiro é seu uso como meio de troca, mais unidades agora são necessárias para adquirir o mesmo bem. Os compradores, então, percebem que o preço do que geralmente compram está subindo. Isso é o que popularmente se nomeia de “inflação”.

Para combatê-la, o estado faz o caminho reverso, elevando as taxas de juros e desestimulando a criação de dinheiro novo. Com a elevação da taxa de juros, no entanto, empréstimos e financiamentos de longo prazo se tornam mais restritos e custosos. A economia precisa se reajustar à nova realidade imposta.

Os agentes imobiliários estão percebendo um aumento das vendas por estresse de hipoteca, principalmente em famílias mais jovens. Os sucessivos aumentos nas taxas de juros da Austrália, os maiores de sua história, estão significativamente elevando o valor das parcelas, mesmo duplicando ou triplicando, forçando famílias a venderem suas casas.

Famílias estão sendo forçadas a vender suas casas para evitar o colapso econômico de suas finanças. Com isso, vendem com grande prejuízo. Para piorar, o mercado de aluguéis, com seus custos se elevando e novas regulamentações sendo impostas, está encolhendo, o que eleva o preço das parcelas.

O aumento das taxas de juros e a subsequente retração econômica por ela causada também vem gerando perdas para restaurantes e varejistas. O movimento está menor e as pessoas estão comprando menos.

O progresso artificial gerado pela manipulação da moeda estatal é sempre seguido de estagnação e retrocesso. O novo custo de vida força a limitação de gastos e privação de prazeres anteriormente acessíveis. Muitos dos que fizeram grandes empréstimos a taxas baixas agora lutam para pagar prestações muito mais altas. Os australianos esperam os resultados da inflação para ver como se comportará a taxa de juros. Para muitos, mesmo depois de muito trabalho, o sonho da casa própria terá de esperar.

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