Julian Assange, fundador da WikiLeaks, se declarará culpado de uma acusação de crime em um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. É o que consta nos documentos judiciais apresentados na última segunda-feira sobre o caso. A decisão visa encerrar a longa saga legal que se estendeu por vários continentes e se concentrou na publicação de um conjunto de documentos confidenciais, segundo .

Assange deve comparecer ao tribunal federal das Ilhas Marianas, uma comunidade dos EUA no Pacífico Ocidental, para se declarar culpado sob a acusação da Lei de Espionagem de conspirar para obter e disseminar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional, segundo o Departamento de Justiça em uma carta apresentada ao tribunal.

Em resumo: Assange será punido por expor os crimes de guerra do governo americano e o governo americano não deixaria barato. Desnecessário dizer que a assunção de culpa por parte do Assange tenha sido imposta como uma condição para ele evitar o pior.

A confissão de culpa, que deve ser aprovada por um juiz, encerra de forma abrupta um caso criminal de intriga internacional e a perseguição de anos do governo dos EUA a um editor cujo o crime foi compartilhar em seu site os crimes de guerra do governo americano. O ato se tornou uma causa célebre entre muitos defensores da liberdade de imprensa, que disseram que ele agiu como jornalista por expor tais crimes. Os investigadores, por outro lado, afirmaram repetidamente que suas ações violaram leis destinadas a proteger informações confidenciais e colocaram em risco a segurança nacional do país.

Espera-se que ele retorne à Austrália após sua confissão e sentença, que foi marcada para hoje, em Saipan, a maior ilha das Ilhas Marianas. A audiência está sendo realizada lá devido à oposição de Assange em viajar para o território continental dos EUA e à proximidade do tribunal com a Austrália.

Fonte: Security Week


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