Após a Meta anunciar que irá substituir seu sistema de checagem de fatos por algo similar às notas da comunidade do X, membros do governo Lula se mostraram preocupados com a mudança. Com essa nova política de análise de conteúdo, tanto o governo Lula quanto o STF terão dificuldade em censurar conteúdos virtuais que eles julguem “indesejáveis”.
Entre os membro do governo Lula preocupados com a mudança na Meta, está o secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação, João Brant. Em uma publicação no X feita na última terça-feira (7), o secretário criticou o anúncio de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmando que o alinhamento com o político de direita, na avaliação do secretário de Políticas Digitais de Lula, terá como objetivo enfrentar União Europeia, Brasil e outros países que buscam proteger o que ele chama de “direitos no ambiente online”.
Ele também criticou a acusação de Zuckerberg de que tribunais secretos na América Latina estariam censurando conteúdos nas redes sociais. Brant entendeu que o CEO da Meta se referia a casos como o do STF censurando perfis de direita no Brasil, o que ele apoiou como uma “defesa” da democracia.
Outro membro do governo Lula que também mostrou preocupação com a mudança de postura da Meta foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista ao GloboNews, Haddad afirma que tem pela “propagação de fake news” que possa ocorrer durante as eleições de 2026, citando que algo similar aconteceu durante as eleições de 2018.
O verdadeiro motivo da preocupação
Haddad e Brant alegam que a preocupação em relação à mudança de postura da Meta se deve ao risco de propagação de “fake news”. No entanto, isso está longe de ser o caso. As agências de checagem de fatos, longe de serem isentas e imparciais, sempre tiveram um alinhamento ideológico muito claro, principalmente à esquerda.
Fake news em torno de casos como os de Kyle Rittenhouse e do ator Benedict Cumberbatch foram completamente ignoradas pelas agências de checagem. Apenas se apontava as fake news (muitas vezes, supostas fake news) de opositores da esquerda, enquanto as fake news propagadas pela esquerda eram ignoradas. As agências de checagem possuem um objetivo, que com certeza não é a defesa da verdade.
E claro, a não sujeição da Meta às agências de checagem torna o trabalho do STF de censurar certas figuras muito mais difícil, já que a sinalização de fake news nas publicações servia como um filtro para isso. Tanto o STF quanto a esquerda estão desesperados diante da mudança de postura da Meta, já que agora eles têm um braço a menos para fazer o seu trabalho sujo.
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