Os movimentos humanistas contemporâneos tentam combater o preconceito, a discriminação e a intolerância, dizendo que essas atitudes são abjetas e devem ser rejeitadas a todo custo.

O problema é que esse parecer está completamente equivocado.

A começar pelo preconceito, este é necessário para ações cautelosas. Por ignorarmos a plenitude das coisas, e as pessoas a nossa volta, nós pré-avaliamos as situações na qual estamos ou estaremos inseridos para agirmos da maneira que nos pareça mais correta.

O preconceito gera uma certa segurança, pois desconfiamos daquilo que se apresenta como algo novo, e até que o conheçamos nossa mente associa-o como possível inimigo/perigo.

A discriminação, por sua vez, é uma ferramenta de escolha. Ela pondera aquilo que consumiremos, a sua quantidade e por quanto tempo. Também é através da discriminação que decidimos com quem vamos nos relacionar e de que modo ou intensidade.

Concluindo a tríade, temos a intolerância. Esta é de suma importância para a civilização.

É graças a intolerância que qualquer pessoa minimamente razoável condena o estupro: estuprar é algo intolerável.

A intolerância nos dá o direito de proibir a entrada de pessoas não autorizadas em nossas residências. Permite que não aceitemos socos em nossa face dados por agressores de qualquer tipo.

Dito isso, temos razões suficientes para não aceitarmos ideias contrárias ao preconceito, a discriminação e a intolerância.

Cada ato deve ser analisado a partir das ações reais que o compõem, e não sob a perspectiva das emoções que certas palavras evocam.

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