Adesão de jovens aos sindicatos em ascensão nos EUA

Os últimos 18 meses ao redor do mundo foram de grandes mudanças no âmbito social e econômico, empresas quebrando ao mesmo tempo que oportunidades surgiam.


Com o andamento da pandemia, lockdowns e o surgimento de “ novas cepas” , grande parte dos governos mundiais ligaram as suas impressoras ao máximo para subsidiar alguns setores da economia ( coleguismo) e gerar auxílios duradouros as camadas menos favorecidas.

O desarranjo na economia provocado pelas constantes intervenções estatais está gerando sérios danos ao mercado, no modo de produção na economia mundial. Na insistência de incentivar o consumo colocando mais dinheiro nas mãos dos indivíduos, a economia mundial vive o seu momento mais delicado nos últimos anos.

Os impactos do assistencialismo estatal


Assim como no Brasil, o EUA com governo Biden promoveu uma espécie de auxílio para os trabalhadores, a intenção vista pela ótica leiga parece ser extraordinária, como diria alguns economistas brasileiros, finalmente estamos dividindo “ o bolo” para as camadas mais baixas da sociedade.

Um dos grandes problemas de auxílios é a forma que eles incentivam o ócio. Incentiva os desempregados a não irem em busca de empregos, podemos observar isso no Brasil com os efeitos do seguro-desemprego e o bolsa família.


No Brasil o desemprego bate a casa dos 13,2% e no EUA 4,6%, contudo o problema observado no EUA é a falta de mão de obra, as estimativas apontam cerca de 10 milhões de postos de trabalho em aberto.


Aumenta o número de jovens que aderem aos sindicatos nos EUA

Um caso recente de Kit Stoll, reacendeu o debate sobre a necessidade ou não de uma regulamentação no mercado de trabalho no EUA. Stoll se demitiu de seu posto em um café em Nova Jersey. Após várias broncas de seu chefe, além do baixo custo benefício e muito trabalho e remuneração baixa, a sua insatisfação foi ao ponto que a levou a pedir demissão.

“Tirei meu avental e saí. Assustador no início, libertador depois” disse Stoll

Em sua conta no Reddit, Stoll compartilhou com outros usuários da plataforma a sua insatisfação na comunidade virtual Antiwork Movement ( Movimento antitrabalho). Comunidades como essa tem crescido no EUA, assim como a adesão aos sindicatos, e passaram a ter a atenção e preocupação das empresas que procuraram sanar as lacunas de emprego abertas.

Kit Stoll, que havia pedido demissão de uma cafeteria por mais tratos e condições que considerava ruins, adere assim como muitos outros jovens nos EUA , ao movimento antitrabalho e aos sindicatos

Eu sinto que uma coisa chave neste movimento antitrabalho é que, embora o logotipo do fórum seja alguém deitado, não se trata de querer ser preguiçoso. É sobre mostrar seu próprio valor e saber seu próprio valor. Você não vale um salário mínimo, não vale US$ 12 ou US$ 7,50 por hora, dependendo de onde você mora. Você vale muito mais e tenho esperança de que possamos mudar algumas coisas. E acho que as corporações deveriam ter medo de nós

diz Stoll

Assim como Stoll, muitos jovens nós EUA estão aderindo cada vez mais ao sindicatos, acreditando que com isso garantirão maiores benefícios e salários que estejam de acordo com o que acreditam que deveriam ganhar.

A adesão ao sindicato é uma atitude legítima de se tentar obter melhores condições de trabalho e maior remuneração, no entanto, ao contrário do que muitos possam pensar, não é uma garantia de que nada disso irá acontecer, ao menos para todos. Na prática, os sindicatos apenas conseguem tornar as contratações mais burocráticas e garantir emprego aos mais produtivos em detrimento dos menos produtivos.

A adesão aos sindicatos tratarão as melhorias esperadas?

E como mostrado em uma matéria do UOL sobre o caso, mesmo com as empresas aumentando benefícios e fornecendo melhores condições de trabalho, para muitos desses jovens isso ainda não é o suficiente.

É possível ver isso como uma negociação, onde enquanto for julgado vantajoso para esses jovens abrirem mão do trabalho e as empresas necessitarem de mão de obra, será possível que as empresas tentem melhorar sua oferta para atrair esses jovens para trabalhar com elas, ou, como na mesma matéria é mostrado, irão substituir mão de obra por máquinas por julgarem como uma alternativa mais barata e menos dispendiosa.

Sem dúvida alguma os maltrados relatados por Kristoll e outros do movimento antitrabalho são algo condenável e passível de processo, uma vez que no contrato estava previsto prestar serviços à empresa, e não tolerar agressões.

No entanto, ao contrário do que a matéria tenta sugerir, isso não é resultante do modelo econômico capitalista ou de qualquer outro que seja, mas resultante da falha moral dos agressores, negligência dos gestores da empresa e impunidade jurídica.

O assistencialismo estatal mais atrapalha do que ajuda

As mudanças oriundas da pandemia e das ações dos governos começam a se mostrar definidoras no meio político, social e econômico, os efeitos a longo prazo batem a porta, mas se uma coisa foi vista nesses últimos anos, foi que não haverá mudanças vindo do estado, pois não há cabimento em esperar soluções daquele que criou os problemas.


Nas palavras de Murray Rothbard:

a melhor maneira do governo ajudar os pobres, portanto – bem como o resto da sociedade é saindo do seu camimho; removendo sua enorme e parasitante rede de impostos, subsídios, ineficiências e privilégios monopolísticos.

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