Bolsonaro é intimado a depor sobre vazamento de documentos sigilosos

Foto: AFP

Nesta terça-feira, a Polícia Federal intimou o presidente Jair Bolsonaro a depor no inquérito que investiga o vazamento de documentos sigilosos sobre a investigação de ataque hacker ao sistema do TSE.

Em 4 de agosto, Bolsonaro havia divulgado nas suas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que investigava um suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018 – e que, segundo o tribunal, não representou qualquer risco às eleições.

Na época, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia determinado a abertura do inquérito para investigar o vazamento desses documentos sigilosos. A decisão feita a pedido do próprio TSE.

Moraes também determinou a remoção dos links divulgados por Bolsonaro com a íntegra da investigação, e o afastamento do delegado da PF que era o responsável pelo inquérito.

O inquérito sobre o ataque ao sistema do TSE

No dia 4 de agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro havia vazado em suas redes sociais documentos sigilosos da investigação sobre um ataque hacker às urnas eletrônicas.

No dia 6 novembro de 2018, o jornalista Felipe Payão, do site de notícias TecMundo, encaminhou ao TSE um e-mail que recebeu de um hacker. Na mensagem, o hacker afirma ter explorado por meses e de forma remota, a rede interna do tribunal.

Com isso, obtive milhares de códigos-fontes, documentos sigilosos, e até mesmo, credenciais, sendo login de um ministro substituto do TSE (Sérgio Banhos), e diversos técnicos, alguns sendo ligados a alta cúpula de TI [setor de Tecnologia de Informação] do TSE, ligado ao pai das urnas (Giuseppe Janino)

dizia o e-mail.

Ele informou que os técnicos do tribunal chegaram a notar um “tráfego suspeito”, mas não conseguiram interromper sua navegação dentro da intranet da Corte.

A investigação do caso começou logo após a denúncia. No mesmo dia, a então presidente do TSE, Rosa Weber, pediu à PF uma apuração do suposto crime de “invasão de dispositivo informático”, com pena de 1 a 4 anos de prisão.

O documento compartilhado por Bolsonaro, de 210 páginas, contém parte do inquérito que tramita de forma sigilosa e mostra detalhes, relatados pela apuração interna do próprio TSE, sobre como o hacker invadiu o sistema e obteve “dados sensíveis” do tribunal, de acordo com os seus próprios técnicos.

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