Um caso recente e lamentável de uma mulher que pode perder a perna pela demora em ser atendida é uma demonstração do quanto o slogan “Viva o SUS!” está completamente alheio à realidade!
9 dias de espera por tratamento pelo SUS
Segundo reportagem do G1, uma mulher de 59 anos ficou 9 dias esperando ser atendida após um ferimento no pé no Hospital Santo Amaro (São Paulo-SP), que atende pelo SUS. Devido à demora no atendimento, seu pé necrosou e de acordo com a filha da mulher, há chance dela precisar amputar a perna.
Ainda de acordo com a filha da paciente, a mulher por ser diabética possui baixa capacidade de cicatrização, o que agravou a situação e levou ao necrosamento da perna. Mesmo informando a situação da mãe e a necessidade de urgência no atendimento não obteve sucesso, pois não havia vaga no momento.
Os médicos diziam que não tinha o que fazer
disse a filha.
Somente após nove dias internada aguardando pela vaga no segundo hospital, é que a Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá informou, na tarde de sexta-feira (16), que a transferência da paciente foi liberada. A família confirmou que na noite do mesmo dia a parente foi transferida.
Apesar da família estar aliviada por ela finalmente poder ser atendida, há a preocupação agora pela necrose ter tomado conta de parte da perna, e que poderá ser necessário amputa-la.
A hipocrisia do slogan “Viva o SUS”
É bastan comum, principalmente na internet, o uso do slogan “Viva o SUS”, principalmente por parte de algumas “celebridades”, que nem sequer pisam em um posto de saúde pública para verificar as condições daquilo que diz defender, mas adora defender na internet para parecer alguém “sensível”, “consciente” e preocupado com o “bem estar social”.
Uma das figuras mais conhecidas por fazer uso desse slogan e o famoso youtuber Felipe Neto, que em mais de uma ocasião onde precisou de serviços de saúde desembolsou um bom dinheiro pelo tratamento em clínicas privadas. Após os acontecimentos ele sempre “lacrava”no Twitter com o slogan “Defendam o SUS”.
No primeiro caso foi nos EUA e mais recentemente Paris, França.
Em ambos os casão, Felipe Neto bem se preocupou em comprar um pacote de viagem com plano de saúde incluso.
No primeiro caso, nos EUA, ele desconhece o fato das fortes regulações de mercado, o que permite que poucas empresas de saúde monopolizam esses serviços, os encarecendo, como bem mostrado pelo economista Juan Ramon Rallo aqui.
Mais recentemente Felipe Neto precisou tratar um problema de saúde em outro país, dessa vez na França. Após pagar um alto valor pelo serviço, mandou hashtag “#defendamososus”.
Liberdade como melhor caminho para a saúde
Em ambos os casos, Felipe Neto e outros que defendem o SUS ignoram como casos iguais ao dessa senhora que teve um sério problema na perna, não é uma excessão mas algo bastante recorrente no sistema de saúde público brasileiro.
Além do próprio estado – por sua própria natureza – ser incapaz de oferecer serviços de forma efetiva, ainda condena indivíduos ao sofrimento enquanto os rouba para subsidiar esse sistema ineficiente e caro.
A melhor alternativa – além de ser a mais correta – é a abolição das regulações e tributações sobre serviços de saúde, assim tornando-os mais abundantes e acessíveis, como explicado neste artigo.
Ao invés de “Defendam o SUS”, Defendam a liberdade!