O politicamente correto tem ganhado muito relevância no passar dos últimos anos. Inegavelmente, a liberdade não é compatível com o politicamente correto; pois o politicamente correto consiste em privar outros indivíduos de pensarem ou expressar o que pensam. Assim, não seria mais o indivíduo soberano, mas o estado monopolizador da justiça, quem decidiria o que aquele pode ou não dizer.

Nenhum indivíduo tem a obrigação de agir de acordo com os sentimentos de outra pessoa. Quando é imposto a um cidadão a obrigação de não ofender outro, automaticamente ele está perdendo sua liberdade, apenas porque outra pessoa não aprova suas atitudes.

O politicamente correto é um autoritarismo coberto de simpatia; ele finge estar defendendo os “oprimidos”, enquanto oprime outros por dizerem o que pensam.

Por mais que seja repudiável discriminar alguém – seja por sua cor de pele, gênero, orientação sexual ou até mesmo identidade de gênero – nada justifica a proibição da livre expressão. Sua proibição implicaria na violação dos direitos naturais do indivíduo sobre seu corpo e meios de ação.

Há formas justas e efetivas de lidar com a discriminação, como boicotes e regras privadas. Tal alternativa permite que a verdadeira liberdade reine entre os indivíduos e eles tenham a oportunidade de escolher os meios de lidar com aquilo que repudiam ou desaprovam.

O crime de pensamento do livro 1984, de George Orwell, está presente no mundo atual e o significado das palavras “direito” e “simpatia” foram modificadas, assim como o Ministério Da Verdade, mudava o sentido das palavras no livro.

O politicamente correto, ao contrário do que muitos pensam, é uma ferramenta que aumenta a opressão e tirania. Enquanto algumas pessoas bem intencionadas se iludem com a idéia de que ele protege alguns indivíduos da discriminação, os aplicadores de políticas e leis baseadas em tal idéia o usam para justificar a ampliação do seu poder, monopolizando conflitos na sociedade.

No fim todos se tornam reféns daqueles autoproclamados donos de toda bondade e justiça, e com isso nossas liberdades são tolhidas em nome de falsos “direitos“.

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