A Starbucks irá fornecer aos consumidores mais informações sobre seus produtos derivados de café usando um sistema blockchain que rastreará os grãos “da fazenda para xícara”, assim como a Nestlé e o Carrefour fizeram com o purê de batata. Para isso, a empresa está trabalhando com a Microsoft para aproveitar o Azure Blockchain Service no rastreamento de remessas de café de todo o mundo, trazendo “rastreabilidade digital em tempo real” para suas cadeias de suprimentos, segundo um anúncio da Microsoft.

Com a parceria, o serviço blockchain da Microsoft registrará todas as mudanças ao longo da cadeia de produção do café de forma compartilhada, fornecendo uma “visão mais completa” da cadeia de suprimentos, medida adotada também pela montadora alemã Volskwagem. O Starbucks usará todas essas informações para trazer um novo recurso para seu aplicativo móvel, fornecendo aos consumidores detalhes de onde o café foi adquirido e torrado, bem como em notas de prova.

Como parte de seu compromisso com o fornecimento ético, também espera que o sistema blockchain possa ajudar os produtores a fornecer dados como, por exemplo, onde seus grãos acabam nas xícaras dos consumidores. De acordo com o comunicado, o Starbucks obteve grãos de mais de 380.000 fazendas de café em 2018. “Acredito firmemente que, ao capacitar os agricultores com conhecimento e dados através da tecnologia, podemos apoiá-los para melhorar seus meios de subsistência”, disse Michelle Burns, vice-presidente sênior do Global Coffee & Tea do Starbucks. A churrascaria Fogo de Chão foi outra empresa que adotou a tecnologia recentemente.

O aplicativo também informará os consumidores sobre como o Starbucks está apoiando esses produtores, indicou a Microsoft. “Este tipo de transparência oferece aos clientes a chance de ver que o café que eles apreciam de nós é o resultado de muitas pessoas se importarem profundamente”, disse Burns.

Embora uma data para o lançamento do novo serviço não tenha sido revelada, o conceito de rastreabilidade digital foi apresentado aos acionistas na reunião anual do Starbucks em março. Atualmente, a empresa está conversando com cafeicultores na Costa Rica, Colômbia e Ruanda para saber mais sobre como o projeto pode beneficiá-los melhor, acrescentou Burns.

O Starbucks está trabalhando notavelmente com os ativos digitais Bakkt, que já firmou parceria com outras gigantes do varejo americano, e com a plataforma de futuros Bitcoin sendo desenvolvida pela Intercontinental Exchange, a empresa matriz da Bolsa de Valores de Nova York. A empresa de café disse em Agosto passado estar trabalhando para desenvolver aplicativos “práticos, confiáveis ​​e regulados” para os consumidores converterem ativos digitais em dólares americanos.

Fonte: Coindesk

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