Os justiceiros de Copacabana e a urgência da segurança sem estado

Justiceiros de Copacabana

Os moradores de Copacabana decidiram aplicar a mesma justiça concedida aos ladrões que roubam favelas, justiça essa que a esquerda nunca criticou. A princípio, os comentários óbvios sobre os acontecimentos são evidentes para a maioria de nós.

Os moradores têm motivos e o direito de se defenderem. Tudo isso é culpa do estado, e certamente haverá quem defenda os assaltantes de maneira direta ou indireta.

Parece ser só um ato de explosão emocional que provavelmente não durará muito tempo e acabará causando mais problemas do que resolvendo. Os estatistas estão adorando ver o povo pedir mais estado, argumentando que na ausência dele resta a barbárie, estão esperando ansiosamente para alguém inocente ser confundido com um ladrão. E não se engane.

Mesmo quem apoia os justiceiros acaba comprando esse discurso, já que no final das contas, a maioria acaba confundido clamar pelo fim das leis favoráveis aos bandidos comuns, com o ato de dar mais poder aos capangas armados da máfia local, e não para o indivíduo… Para os nossos “colegas” da direita em geral, liberdade é só em último caso, “Só defendo isso se a situação for insuportável… Só se o estado falhar”.

Claro, é verdade que existem policiais que ainda estão do lado da população, não do anarcocapitalismo, mas da população, saibamos diferenciar isso, no entanto a própria direita não os apoiam de fato.

As coisas seriam muito mais interessantes se, ao invés de se limitarem à criticar os “direitos dos manos”, um Véio da Havan por exemplo, oferecesse um bom emprego pra qualquer policial que faça o que deve ser feito, com direito a advogado bancado pela firma…

Enfim, para nós libertários, a questão é que os indivíduos devem sempre resolver seus próprios problemas. De resto, temos que lidar com a mesma narrativa de sempre… Racismo, fascismo, milícia, homem branco incel frustrado querendo desculpa pra bater em pobre… ok, todos já conhecemos o discurso e estamos saturados dele.

O que eu queria discutir aqui é a solução proposta pelo Ancapsu em seu vídeo sobre esse assunto. Até então, foram feitas observações sensatas, como o fato de que não é uma boa ideia se organizar em grupos de whatsapp, e que, dado a atenção que a mídia está dando para o caso, é melhor essa galera aí começar a procurar um advogado.

Meu problema é quando ele sugere que os moradores abram sua própria agência de segurança privada, para então agirem na legalidade e evitar a prisão. Veja, se o governo tira das suas próprias forças policiais a capacidade operacional e jurídica, o quão não “capariam” uma agência privada “popular”?

Parece só trocar seis por meia dúzia, pois é aquela coisa… o bandido sabe que o segurança sabe que não vale a pena agir… Que não vale a pena arriscar perder o emprego, arriscar ser preso.

Por ser “dos moradores, para os moradores”, o incentivo à primeira vista parece estar bem alinhado, mas se eu tivesse que apostar, diria que na primeira oferta de uma parceria público-privada os donos se adestrariam na hora, com a diferença que os antigos justiceiros agora atuariam para coibir novos justiceiros, tudo claro, muito bem justificado:

“Quer que o prefeito revogue o contrato? Antes era bem pior, a gente tá fazendo o que pode…”

Mas também, como não sou eu quem pagará o pato pelo que está sendo feito, também não serei eu a dizer que sei o que é melhor para essas pessoas. Pelo que eu entendi, o movimento está se organizando em escolas de artes marciais, e isso na verdade é uma boa ideia, desde que os grupos por sua vez, mantenham-se descentralizados, não apenas para dificultar possíveis perseguições, mas evitar problemas com lideranças inadequadas. Outras duas ressalvas:

1 Deveriam parar de fazer tanto “barulho”, gravar vídeos e coisas assim.

2 Deveriam parar de ir atrás dos bandidos para se vingar

Eu entendo que o objetivo seja deixar os criminosos com medo, mas existem opções melhores, opções que durarão mais do que apenas uma semana ou um mês.

Primeiro, chamamos o vagabundo de vagabundo, porque de fato, ele é vagabundo. Ou seja, não quer ter trabalho. Então, se sempre tiver alguns caras do “Jiu Jitsu” em bar x, em loja y, fazendo suas caminhadas matinais e noturnas, gente que tem a “obrigação marcial” de defender os mais fracos marcando presença.

Se for oferecido oficinas de defesa pessoal para os moradores, que pelo menos os ensinem a portar um spray de gengibre, por exemplo (o de pimenta é cancerígeno), e adotar mais medidas como essa… Bom, para lidar com os “pivetes” em geral, isso parece ser o bastante para, pelo menos, fazer o crime compensar mais em outro lugar que não nesse bairro.

E por falar em bairro, estamos lançando uma nova obra, e o seu subtítulo é: “Um guia para a construção de comunidades independentes e emancipadas do estado.” Escrito por Karl Hess, um libertário Norte Americano que a algumas décadas, tocou esse projeto nos Estados Unidos.

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