Na última sexta-feira, o presidente Lula (PT) afirmou que é preciso acabar com a ideia de estado mínimo, que o petista afirmou ser uma “bobagem”. A fala do presidente foi feita durante a inauguração de um centro oncológico em Porto Alegre, na última sexta-feira.
Em tom de crítica àqueles que defendem o estado mínimo, Lula afirmou que “Estado não tem que ser mínimo, o Estado não tem que ser máximo. O Estado tem que ser Estado. Defendendo a visão paternalista estatal, Lula declarou que o estado tem que dar “igualdade de tratamento a todos os seus filhos”.
Na tentativa de reforçar seu discurso, Lula citou o trágico acontecimento envolvendo sua primeira esposa e seu primeiro filho, que morreram devido à negligência médica. Lula afirma que é necessário que o estado “cuide” da saúde para evitar que tragédias como esta se repitam.
O estado é ineficaz em cuidar da saúde
Lula afirma que o estado é necessário para assegurar a saúde à população de forma igualitária. No entanto, as mortes trágicas da primeira esposa de Lula e de seu filho se deveram justamente à incapacidade do estado em fornecer serviços de saúde de qualidade.
Por mais que na época em que tal tragédia ocorreu ainda não existisse o SUS, havia o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) que recolhia impostos dos cidadãos em troca de assistência social, como seguro desemprego, aposentadoria e serviços de saúde.
O INPS operava por meio de empresas privadas que tinham contratos assegurados com o governo federal e não estavam expostas à concorrência, consistindo em verdadeiros monopólios garantidos pelo estado. Em tal cenário, não havia incentivos econômicos para tais empresas fornecerem serviços de saúde de qualidade. O que explicaria tanta negligência, como a que matou a primeira esposa de Lula e seu primeiro filho.
Ao contrário do que é tão alardeado pela esquerda brasileira, a criação do SUS não mudou muito este cenário. Segundo reportagem do G1 em 2018, cerca de 153 mil de pessoas morrem devido à má atendimento em hospitais públicos e 51 mil morrem devido à falta de assistência médica.
Isso significa que a ineficiência dos serviços médicos fornecidos pelo estado brasileiro é responsável pela morte de mais de 200 mil brasileiros por ano. Dado que o estado expropria pessoas via impostos em troca de um serviço de péssima qualidade, ele é de fato o responsável por essas mortes.
Ao contrário das falácias contra a privatização dos serviços de saúde (ver respostas sobre isso aqui), é o fornecimento dos serviços de saúde por parte da iniciativa privada que evitaria mais problemas como este. Um mercado verdadeiramente livre, sem patentes de medicamentos e procedimentos médicos, se. Regulação e sem impostos, seria capaz de fornecer serviços médicos de qualidade e em grande oferta para o público.
O estado não deve ser mínimo nem máximo. Ele deve ser nulo!
Ao contrário da declaração de Lula, o estado não deve ser nem mínimo, nem máximo. Mas nulo! E, por mais que um estado menor seja preferível em comparação a um estado maior, o objetivo libertário de um estado inexistente em nossas vidas não deve ser abandonado.
Diferente do que Lula e demais políticos afirmam, o estado não é essencial para fornecer bens e serviços essenciais. Ele apenas expropria os indivíduos para beneficiar políticos e burocratas, que iludem o público com esmolas e migalhas na forma de serviços públicos de péssima qualidade, enquanto afirmam que sem eles estariam em pior situação. O que é uma grande mentira.
Se Lula realmente se preocupasse com o fornecimento de serviços de saúde de qualidade, ele isentaria as empresas e profissionais de saúde de todos os impostos e regulações. Coisa que ele, como político, visando seus próprios interesses em detrimento do restante da sociedade, jamais faria.