Há uma pressão muito forte por parte de diversos grupos mundiais, sejam ativistas, cientistas, ou governos, para que diminuam o máximo possível o uso de combustíveis fósseis na geração de energia. E para ”celebrar” esse lobby todo, o barril do petróleo Brent atingiu nesta sexta-feira a sua maior cotação (US$ 93,44) nos últimos 7 anos. Mas o que será que está pressionando os preços desse jeito?

Parte dessa escalada de preços do petróleo é culpa dos governos, como sempre, que estão há uma década forçando as empresas do setor a reduzirem substancialmente os investimentos na área, impondo diversas regulações e penalidades. Em contrapartida, a demanda pela commodity no período se manteve inalterável e em muitos casos, até maior.

E tudo isso, para que haja uma transição energética o quanto antes, para fontes de energias limpas como a solar e eólica, que vem aumentando em diversas localidades do mundo. Porém, essas duas fontes energéticas, também tem seus malefícios. Por dependerem exclusivamente de fatores externos, como o sol e o vento, elas desempenham uma eficácia menor na geração de energia em comparação com as energias ”sujas” como o petróleo e carvão.

O que está levando diversos países, principalmente europeus, a passarem por crises de falta de energia por não terem a capacidade de fornecer o suficiente aos seus cidadãos, através dessas fontes sustentáveis. Logo, eles são forçados a recorrer ao uso e compra de combustíveis fósseis como o petróleo e gás natural, para compensar a baixa geração energética de suas matrizes.

Esse efeito está se refletindo nos preços dessas commodities energéticas, fazendo com que estejam nas máximas de valor dos últimos 5 anos. Muito disso é em decorrência das limitações de oferta impostas pelos governos, sufocando as empresas para que não invistam em novas explorações e extrações.

Parece que o ”tiro está saindo pela culatra”, já que o encarecimento dessas fontes interfere diretamente no aumento do custo logístico e de transportes nesses países, pressionando ainda mais a alta inflação que o mundo está experienciando nos últimos 2 anos. Caso essa situação não se reverta, esses fatores devem continuar contribuindo para uma escalada inflacionária mundial, o que será altamente impopular para esses governantes.

O único jeito de consertar esse problema é retirando essas regulações do caminho das empresas, ou incentivando o uso de outras fontes como a energia nuclear, que possui uma ótima eficácia e é menos poluente que o petróleo e o gás natural. O que não podemos fazer é depender exclusivamente dessas fontes de energia sustentáveis. Por mais que elas sejam benéficas para o meio ambiente, as mesmas contém grandes deficiências quando o assunto é geração e eficácia.

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