Segundo reportagem da CNN Brasil no dia 02, representantes do varejo preveem que as empresas do setor não conseguirão mais suportar a pressão da alta do dólar e da inflação e terão que reajustar os preços dos produtos ainda este mês. Com tais ajustes, os consumidores brasileiros irão enfrentar preços ainda mais altos que os do ano passado.

A reportagem também informa que o varejo já pretendia reajustar os preços no final de 2024 em meio a alta do dólar. No entanto, devido aos estoques e ofertas de fim de ano — especialmente de olho nas compras de natal — já estavam preparados, não houve reajuste de preços.

Há também relatos de pedidos de renegociação feitos por uma série de fornecedores que compram insumos do exterior: empresas de alimentos, higiene e limpeza, eletrodomésticos, entre outros. A situação mais drástica é do setor de higiene e limpeza, já que este depende de componentes químicos derivados do petróleo, cuja maioria é importada e cotada em dólar.

Além de aumentar o custo das importações de insumos, o câmbio depreciado também torna o mercado externo mais atrativo para uma série de setores, como a agroindústria. Devido às expectativas para aumento de exportações (o que reduzirá a oferta de tais produtos no país), tal setor também enfrenta uma pressão considerável por renegociações, como no caso da soja, do milho e da carne bovina.

No final de 2024, o dólar encerrou com a cotação de R$ 6,18, acumulando uma alta de 27% no ano, com metade desta escalada acontecendo no último trimestre. Já o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano de 2024 com um acumulado de 4,71%.



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