Com o aumento das altcoins em várias direções, é digno de nota o fato de o mercado Bitcoin não ter sofrido uma queda de 25% nos últimos 12 meses por 234 dias consecutivos, marcando a sequência mais longa desde 2011. Mesmo com as altcoins continuando a voar por toda parte, o Bitcoin emergiu como vencedor e um dos ativos criptográficos de melhor desempenho até o momento.
Os dados também sugerem que o Bitcoin ocupa atualmente a primeira posição entre as redes de blockchain em termos de taxas de transação nos últimos sete dias.
Bitcoin conquista o trono com as taxas de transação mais altas
O último relatório da Reflexivity indica que o aumento persistente das taxas de transação do Bitcoin foi notável, pois registrou os números cumulativos mais altos de qualquer rede de blockchain durante esse período, ultrapassando US$ 100 milhões.
Esse aumento na receita dos mineradores funciona como um poderoso incentivo para que mais operadores se juntem à rede, implantando máquinas adicionais, com o objetivo de capturar uma parcela maior das recompensas das transações.
Conforme relatado anteriormente, a taxa de hash do Bitcoin atingiu o recorde histórico de 544 exahashes por segundo (EH/s) em 25 de dezembro, o que representa um aumento de 130% desde janeiro, quando estava próximo de 253 EH/s.
De acordo com a Reflexivity, essa tendência de alta não significa apenas o aumento do consumo de energia para a segurança da rede, mas também reflete a integração de plataformas de mineração mais eficientes. Essas plataformas atualizadas geram um número maior de hashes e exigem menos energia, contribuindo para a eficiência geral do processo de mineração.
Avaliando o espaço de derivativos
No final de 2022, o setor de criptografia sofreu uma queda significativa, testemunhando o colapso dramático do império FTX de Sam Bankman-Fried e a queda do valor do Bitcoin para apenas US$ 17.000.
Passados doze meses, o Bitcoin passou por um ressurgimento notável. Seu preço subiu incríveis 155% no acumulado do ano, estabelecendo-se como um dos melhores desempenhos entre os ativos de criptografia em 2023.
A força motriz por trás do ressurgimento do Bitcoin está na especulação persistente em torno da possível aprovação de um ETF à vista pela SEC. Essa aprovação marcaria um momento histórico, permitindo que investidores institucionais de destaque entrassem no mercado de criptomoedas pela primeira vez.
Os contratos aberto em futuros de Bitcoin CME ultrapassaram mais uma vez a marca de US$ 5 bilhões, o que poderia indicar que a participação de entidades financeiras tradicionais “colocou o ETF de Bitcoin na linha de frente do comércio”.
É fundamental ficar de olho nesse desenvolvimento, principalmente considerando que a CME atualmente detém uma porcentagem historicamente alta dos contratos futuros em aberto do Bitcoin. Isso ressalta a importância elevada da atividade da CME para influenciar a dinâmica de preços do Bitcoin.
O desconto sobre o GBTC está diminuindo ainda mais, estando atualmente apenas 6% abaixo de seu valor patrimonial líquido, o que é indicativo de sentimentos otimistas em relação à aprovação antecipada de um ETF de Bitcoin nos primeiros dias de janeiro.
Artigo escrito por Chayanika Deka, publicado em Crypto Potato e traduzido por @rodrigo
Opinião: os ETFs de Bitcoin emitidos pelos bancos e comercializados na Bolsa de Valores devem ser vistos como ameaça aos usuários do Bitcoin, e não como aliados. Afinal, tal tipo de investimento abre portas para que o estado regule os investimentos em Bitcoin por meio da regulação que ele já exerce sobre os bancos.