Na manhã desta terça-feira funcionários do Banco Central (BC) se reuniram em frente a sede da estatal em Brasília em greve pedindo reajuste salarial.

A greve foi organizada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL). Além do SINAL, outras categorias ligadas ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), também se preparam para a grave, reunindo mais de 200 mil servidores de diversos órgãos públicos.

Estamos trabalhando com o prazo de três meses, prazo esse que antecede o período eleitoral. Sabemos que a legislação veta reajustes, mas nesse momento ele ainda é capaz de enviar o projeto de lei, a medida provisória listando as carreiras que serão contempladas com o reajuste salarial

disse Rudinei Marques, presidente da Fonacate.

Reunião de Campos Neto com Guedes pode definir greve no Banco Central

No início da tarde de terça-feira, após o início da greve, houve uma reunião entre o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto. O presidente do SINAL, Fábio Faiad, comentou sobre a reunião, e disse:

Acreditamos que o assunto ‘servidores do BC’ esteja na pauta, porque Campos Neto nos prometeu uma reunião com proposta concreta até o final de janeiro. Se não houver resposta concreta até o final de janeiro, teremos uma greve geral a partir de fevereiro.

Grevistas fazem pressão por ajuste salarial

Os grevistas exigem um reajuste de até 28,15%,. Este percentual é buscado por representantes da elite do funcionalismo e não é consenso entre as demais categorias.

A cada ponto percentual, o custo aos cofres públicos de um aumento é de R$ 3 bilhões, de acordo com a expectativa da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. O montante reivindicado, se hipoteticamente fosse obtido, seria de R$ 84,45 bilhões. O Orçamento de 2022 prevê apenas R$ 1,7 bilhão.

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