Curiosamente, no momento em que o BTC vem passando por uma desvalorização de preço neste primeiro mês do ano, diversas autoridades estatais fizeram pronunciamentos positivos a ele e a sua possível adoção por parte desses países. Uma hora ou outra, isso iria acontecer, principalmente após El Salvador ”puxar a fila”, chamando os holofotes para o pequeno país da América Central e seu excêntrico presidente Nayib Bukele.
E nessa corrida pelos 21 milhões de BTC, surpreendentemente uma cidade brasileira se colocou na disputa, estamos falando do Rio de Janeiro, em que o secretário de desenvolvimento econômico, Chico Bulhões, anunciou que pretende utilizar 1% do caixa da cidade para comprar BTC, como uma ”medida contra a inflação”. E isso ocorreu justamente 1 semana depois que o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, se encontrou num evento com o prefeito de Miami, Francis Suaréz, um ávido defensor do criptoativo.
Outra notícia que pegou todos de surpresa durante essa semana, foi um projeto de lei proposto pela senadora Wendy Rodgers (partido Republicano) do Arizona, em que tornaria o BTC uma moeda de curso legal, nos mesmos moldes que El Salvador adotou a moeda. Isso pode ser um marco, pois seria o segundo local no mundo a adotar oficialmente o BTC como moeda corrente.
E nessa toada de possível adoção por estados, Vladimir Putin contrariou o comunicado efetuado pelo Banco central Russo, em que se colocavam contra as criptomoedas e a mineração no geral. O presidente disse que o país tem vantagens competitivas nesse ramo, pois conta com uma abundância de energia barata e limpa, o que é muito importante no processo de mineração das criptomoedas.
A Turquia, país que vem enfrentando uma grave crise fiscal e monetária, com uma inflação galopante nos últimos anos, foi outro país que se manifestou pró criptomoedas nessa semana, através do polêmico presidente, Erdogan. E a manifestação ocorreu após a visita de Nayib Bukele ao país, em viagem diplomática para tratar de assuntos comerciais entre as nações e outras questões.
É, parece que os governantes se deram conta e acordaram para que o pode se tornar uma revolução no sistema monetário internacional. Por mais que não dê para saber exatamente quais são as reais pretensões por trás desses movimentos, podemos chegar a conclusão que, no mínimo, o ativo escasso e de rede robusta chamou a atenção dessas figuras e deve ter uma aceitação maior pelos seus críticos e céticos caso o ”aval” dessas autoridades se confirme. Pelo jeito, a ”corrida do ouro” da década começou.