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A crença da esquerda progressista de que os Estados Unidos é um país desenfreado, de supremacia branca e tomado por misóginos ganhou muita força cultural. No entanto, estatísticas recém-divulgadas do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos repudiam essa narrativa.
Nos primeiros três trimestres de 2021, a média do rendimento semanal das mulheres asiáticas ultrapassaram dos homens brancos. No trimestre mais recente (julho a setembro), as mulheres asiáticas ganharam cerca de 10% a mais do que os homens brancos. Os grupos asiáticos de mulheres que ganham mais são taiwanesas, indianas e chinesas.
Mulheres asiáticas dificilmente são discrepantes. De acordo com os dados mais recentes do censo de 2019, mulheres de várias origens do Oriente Médio ganham mais do que as brancas: os rendimentos das iranianas, turcas e palestinas que trabalham em tempo integral eram maiores do que os das mulheres brancas. Além disso, um estudo de 2017 da Universidade de Michigan descobriu que mulheres negras afrodescendentes possuem crescimento de renda e ganhos maiores em comparação com as mulheres brancas, nos Estados Unidos.
O que explica essas disparidades gritantes? As pessoas de cor e as mulheres não eram grupos marginalizados em uma sociedade que privilegia o “homem branco heterossexual” acima de todos? De acordo com a teoria da interseccionalidade, as mulheres negras estão sujeitas à dupla desvantagem devido à intersecção de traços de identidade vitimados. Essa modinha também “despertou” a ideologia neomarxista que emana da academia.
Sempre que um grupo étnico tem desempenho inferior – em educação, emprego, economia – a esquerda culpa as causas externas, argumentando que a sociedade discriminou essa minoria e prejudicou todo o seu potencial. Então, como a esquerda explica o sucesso crescente das mulheres asiáticas? Eles nem mesmo tentam, porque há atributos culturais internos e padrões de comportamento por trás de sua ascensão extraordinária.
Aqui está a verdade nua e crua.
Vários estudos mostram que as comunidades asiáticas enfatizam a responsabilidade individual e o sucesso pessoal mais do que outros. Por exemplo, uma pesquisa do Pew Research Center descobriu que os americanos de origem asiática são mais propensos a acreditar que “a maioria das pessoas que desejam progredir, vão conseguir se estiverem dispostas a trabalhar mais”, do que o público em geral.
No que diz respeito especificamente às mulheres asiáticas, não é de estranhar que estejam obtendo tanto sucesso no mercado de trabalho. Em comparação com outros grupos femininos, em média, elas têm menos filhos e os têm mais tarde. Também devido a cultura, é menos provável que tenham filhos fora do casamento e pela dinâmica familiar asiática, elas têm mais apoio para criar os filhos com os avós e outros parentes. Todas essas características culturais se traduzem em menos restrições familiares e mais tempo dedicado ao avanço da carreira.
Wai Wah Chin, Charter Presidente da “Chinese American Citizens Alliance Greater New York”, disse que não está nem um pouco surpresa com as estatísticas mais recentes. “A maioria dos asiático-americanos nasceu no exterior e mantém os valores clássicos dos imigrantes”, afirmou.
“Trabalho árduo e trabalho extra são meros fatos da vida. É parte da sobrevivência, é parte de enfrentar obstáculos mais altos, especialmente na educação, onde os asiáticos de alto desempenho são informados de que não podem participar das melhores escolas. Ainda assim, os imigrantes da Ásia, homens e mulheres, valorizam a educação. Eles trazem maior treinamento e respeito pelas habilidades STEM, que são demandadas globalmente. A estrutura familiar tradicional de imigrantes também permite maior foco no trabalho.
Descartando distorções como preconceitos e cotas, trabalhadores de qualquer raça, gênero e etnia que possuem habilidades demandadas pelo mercado e que fazem um bom trabalho, são naturalmente mais bem recompensados. ”
disse Chin.
A demografia da sociedade ocidental está evoluindo rapidamente, levando grupos historicamente marginalizados a posições de poder e influência. Embora o assédio sexual em ambientes corporativos dominados por homens ou a discriminação racial em vários contextos estejam longe de extintos, vivemos em uma época em que grupos antes minoritários têm muito mais liberdade e dignidade para buscar seu potencial do que em qualquer outro momento da história.
Esse progresso merece tanto – senão mais – foco do que a obsessão com narrativas sobre o patriarcado e a supremacia branca.
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